Artista! Atriz, cantora, dubladora, e até um pouco bailarina. ehehhehehe Enfim, só para dividir um pouquinho da minha vida...
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A consolidação dos musicais

Do clássico ao arrojado, São Paulo e Rio receberam montagens profissionais e de qualidade

Terça, 28 de Dezembro de 2010, 00h00



Ubiratan Brasil

A cena brasileira sempre foi marcada por grandes musicais - tanto versão de clássicos internacionais (como o My Fair Lady de 1964, com Bibi Ferreira e Paulo Autran) como obras-primas nacionais (Gota D"Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, para ficar com apenas uma). Mas foi em 2001, com a estreia de Les Misérables no Teatro Abril, que se iniciou a fase Broadway do teatro nacional, com a vinda de espetáculos grandiosos. Ao longo dessa década, formou-se uma geração de intérpretes e técnicos capazes de atender a um mercado crescente a ponto de, em 2010, São Paulo ter nove musicais em cartaz ao mesmo tempo.

Nessa fase de consolidação - da qual também participou o Rio de Janeiro graças ao vital trabalho de Charles Möeller e Claudio Botelho -, o profissionalismo se igualou ao de países com larga tradição no musical, especialmente os Estados Unidos. É o que se observa, por exemplo, com Hair, que estreou no Rio em novembro, conquistando o posto de o melhor musical do ano.

A mais recente produção de Möeller e Botelho confirma sua maturidade e pleno domínio das técnicas exigidas por esse tipo de espetáculo. O Hair brasileiro consegue a proeza de ser atual sem se esquecer do momento que o inspirou, a Guerra do Vietnã. Mas é em um aspecto específico que essa produção se destaca, confirmando o grau de profissionalismo dos artistas nacionais: a homogeneidade do elenco. Ainda que prevaleça a hierarquia entre protagonistas e personagens de apoio, mesmo aqueles que têm poucas falas mantêm o nível e equilibram a montagem.

Quando o assunto é atuação, o nome de Totia Meireles ganha relevância. Ela protagonizou Gypsy, que estreou no Rio e chegou a São Paulo em julho. Trata-se de um dos maiores espetáculos da história da Broadway em que a trajetória da mãe e suas duas filhas em busca do glamour é pano de fundo para apresentar a profunda mudança de perfil do show biz americano durante a Grande Depressão, iniciada nos anos 1930, quando o vaudeville e seus espetáculos mais ingênuos perderam espaço para o burlesco, com seu traço mais erótico.

Essa transformação é exibida no papel vivido por Totia, Mamma Rose, a mãe inescrupulosa cujo sonho de glamour para as filhas se transforma em frustração. É justamente esse detalhe que foi decisivo na carreira do musical - uma crítica publicada no jornal New York Times, à época da estreia americana (1957), apontava Gypsy como "a resposta do teatro americano a Rei Lear, de Shakespeare". Escrito por Frank Rich, o texto dizia que, se Lear vive uma relação conturbada com suas três filhas, Rose não se cansa até transformar uma de suas filhas - inicialmente June (Renata Ricci) e, depois, Louise/Gypsy (Adriana Garambone) - em uma grande estrela do teatro de variedades. E, no final, tal qual Lear, a mãe sente-se abandonada.

Em cena, Totia transformou-se no furacão exigido pelo papel, alternando humor e drama na medida exata, e temperando ainda com uma voz potente e cristalina, capaz de reproduzir todos os meandros das letras de Stephen Sondheim e a melodia de Jule Styne. Foi a melhor atuação feminina não apenas de 2010, mas de toda a década da nova fase dos musicais no Brasil.

Trilhando pelo mesmo caminho está Kiara Sasso, que protagonizou dois espetáculos neste ano: o soturno O Médico e o Monstro e o solar Mamma Mia! Dois momentos distintos que confirmaram seu talento, especialmente no último em que enfrentou um desafio particular: interpretar a mãe de uma adolescente sendo ainda jovem. Para isso, Kiara exibiu suas qualidades de atriz, especialmente ao dramatizar algumas canções do grupo ABBA cuja letra traduz exatamente o sentimento da personagem. A aspereza na voz não deixava dúvidas sobre a intenção da cena, convencendo o espectador estar diante de uma senhora madura.

Clássicos. Em 2010, foram montados também clássicos populares da Broadway, como O Rei e Eu, sob a direção de Jorge Takla e a eficiente interpretação de Cláudia Netto, e Cats, que destacou a cantora Paula Lima também como atriz. Outro destaque foram produções menores que, se não dispunham de orçamentos polpudos, conseguiram manter a qualidade exigida por um musical - é o caso de Bark! Um Latido Musical e Emoções Baratas, ambos dirigidos com segurança por José Possi Neto, que já prepara uma das promessas de 2011, New York, New York, espetáculo que inspirou o filme dirigido por Martin Scorsese.

A estreia deve acontecer em março, na mesma época que Takla deve iniciar a temporada de Evita, com Paula Capovilla no papel principal, Daniel Boaventura como Perón e Fred Silveira vivendo Che Guevara. Charles Möeller e Claudio Botelho aceitaram participar da mega-produção As Bruxas de Eastwick, inspirado no famoso filme, baseado no romance de John Updike. A estreia está prevista para agosto, no Teatro Bradesco. Antes, a dupla deve finalizar O Violinista no Telhado, musical de Joseph Stein, baseado em contos de Sholom Aleichem, com canções de Jerry Bock e Sheldon Harnick. O espetáculo deve iniciar carreira em junho, no Rio de Janeiro.
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Planeta Disney Especial 2010 - Feliz Natal!

Kiara Sasso manda um recado especial de Natal para a turma que acompanha o Planeta Disney. Vejam!!!


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MERRY CHRISTMAS

Aos queridos Lucas, Bella e Bruno...que fizeram do meu Natal ainda melhor!
Muito obrigada pelas lindas mensagens:

Por Lucas Sanches
 Por Bella e Bruno do @FCKiaraSasso

Um lindo Natal à todos!
...e que em 2011 o teatro musical continue a surpreender e emocionar a platéia brasileira!
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Mamma Mia conquista público em SP


O musical pop “Mamma mia!”, inspirado em canções do grupo sueco Abba, ganhou uma versão brasileira, que chegou aos palcos da capital paulista no dia 11 de novembro.

A adaptação em português da peça, encenada em mais de 30 países, já foi vista por mais de 42 milhões de pessoas.

“Mamma mia!” está em cartaz em Londres há 11 anos e, em Nova York, há nove.

A história se passa em uma pequena ilha grega, nas vésperas do casamento de uma jovem local, filha da dona do único hotel da região. Sem saber quem é o seu verdadeiro pai, ela convida para o casório três homens que fazem parte do passado de sua mãe.

As principais músicas do Abba estão no musical, como “Dancing queen”, “Take a chance on me”, “The winner takes it all”, “Money, money, money” e, claro, “Mamma mia!”.


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ENQUETE 2O1O


O 'Musicais Brasil' abriu uma enquente para saber quem são os melhores do ano e Kiara Sasso esta concorrendo para melhor atriz, assim como concorre também para melhor musical o espetaculo Mamma Mia!






Enquete sobre os melhores musicais de 2010 aqui em Sampa, para votar é só acessar os links:

Na categoria melhor Musical concorrem:

MAMMA MIA, JEKYLL AND HYDE, O DESPERTAR DA PRIMAVERA, MEU AMIGO CHARLIE BROWN, CATS, GYPSY, HAIRSPRAY E
O REI E EU

Vote aqui!

 
Na categoria melhor atriz:


KIARA SASSO (Mamma Mia), KACAU GOMES (Jekyll and Hyde), MALU RODRIGUES (O Despertar), PAULA CAPOVILLA (Meu Amigo Charlie Brown), PAULA LIMA (Cats), TOTIA MEIRELLES (Gypsy), SIMONE GUTIERREZ (Hairspray) e CLAUDIA NETTO (O Rei e Eu)

Vote aqui!


Na categoria melhor atriz coadjuvante:
RACHEL RIPANI (Mamma Mia), LUANA BICHIQUI (Jekyll and Hyde), LETICIA COLIN (O Despertar), MARIANA ELISABETSKY (Meu amigo Charlie Brown), SARA SARRES (Cats), RENATA RICCI (Gypsy), HELOISA DE PALMA (Hairspray) e BIANCA TADINI (O Rei e Eu)

http://www.enquetes.com.br/popenquete.asp?id=943906 


Na categoria melhor ator:
SAULO VASCONCELOS (Mamma Mia), NANDO PRADO (Jekyll and Hyde), PIERRE BAITELLI (O Despertar), LEANDRO LUNA (Meu Amigo Charlie Brown), BACCIC CLETO (Cats), EDUARDO GALVÃO (Gypsy), EDSON CELULARI (Hairspray) E TUCA ANDRADA (O Rei e Eu)

http://www.enquetes.com.br/popenquete.asp?id=943907 


Na categoria melhor ator coadjuvante:
THIAGO MACHADO (Mamma Mia), RICARDO NUNES (Jekyll and Hyde), RODRIGO PANDOLFO (O Despertar), FRED SILVEIRA (Meu Amigo Charlie Brown), FERNANDO PATAU (Cats), ANDRÉ TORQUATO (Gypsy), JOHNATAS FARO (Haispray) E MAURO SOUZA (O Rei e Eu)
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Um "Mamma Mia!" surpreendente.





O Blog Protocolado conferiu a pré-estreia de "Mamma Mia!", porém em meio aos Especiais Vencedores não tivemos tempo para publicar nossa opinião. Portanto, chegou a hora.

A montagem brasileira em nada destoa das demais, assisti várias versões do Musical (em vídeos) e pude perceber que os problemas com idades são bastantes comuns, acontece que ou as Sophies são muito velhas ou as Donnas são muito novas e é ai que entra em cena o trabalho do ator. Kiara Sasso mesmo não se encaixando perfeitamente no perfil da personagem vem demonstrando competência e maturidade para dar vida a Donna Sheridan e como de costume, a atriz quase não erra quando fala-se de atuação e é indiscutivelmente perfeita na parte musical. Kiara é uma das profissionais mais brilhantes do Teatro Musical brasileiro. Quanto aos rapazes, dispensa-se comentários a Saulo Vasconcelos, o ator é sempre seguro e mesmo não tendo grandes momentos dentro do espetáculo, Saulo transforma os pequenos em momentos marcantes. Harry é perfeito para Cleto Baccic, um personagem simpático a um ator simpático, assim como em Cats ele faz um belo trabalho. Carlos Arruza, ator que dá vida ao personagem Bill, também não deixa a desejar, seu visual a la Sérgio Rangel combina bem.


Será que me esqueci de alguém? Não, os três nomes a seguir são os grandes destaques do Musical, Pati Amoroso, Rachel Ripani e Andrezza Massei dão um show a parte. Começando por Pati, sua atuação na música"Sonho Meu" ( "I Have a Dream" na montagem original) realmente impressiona, a delicadeza como a jovem atriz trata o personagem e a força de suas atuações nos fazem crer em um longo e promissor futuro a ela, lembrando que a atriz possui caminhos abertos no exterior, portanto produtores CORRAM, um talento como esse não pode nos deixar. Já a dupla Rachel Ripani e Andrezza Massei parecem feitas para o papel. Rachel Ripani, que até onde sei não era conhecida por atuar em musicais, interpreta de forma magnífica a dondoca Tanya. Andrezza Massei participou de Cats e já tem uma carreira bastante sólida no Teatro Musical, mas em "Mamma Mia!" a atriz ganhou uma visibilidade muito maior do que em seus trabalhos anteriores, não há uma entrada sua que não nos faça rir.

Quanto as traduções, não é necessário comentar-se quando o nome que vem a frente das mesmas é Cláudio Botelho, todas as suas versões nunca deixam nada a desejar. A ideia de fazer um show com músicas em inglês ao final caiu bem, afinal são músicas do sucesso mundial ABBA, é necessário agradar os fãs assíduos da banda, não por motivos de bilheteria, mas sim por respeito àqueles que foram prestigiar o Musical.

"Mamma Mia!" possui alguns pontos fracos, um deles é o preço, o Musical tem preços altíssimos mesmo com a ausência de cenários luxuosos e efeitos especiais, não que a montagem tenha poupado os tais, a representação foi feita exatamente como a original, ou seja, sem parafernalhas alguma. Outro ponto fraco a ser observado é a iluminação final, durante todo o espetáculo a iluminação é perfeita, e dá vida ao cenário, figurino, etc, mas ao final as luzes são lançadas exageradamente à plateia, as vezes não é possível olhar o que ocorre no palco, porém são pontos pequenos que ajustarão-se durante o andamento da temporada que vai até Novembro de 2011.
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Kiara entre os melhores de 2010



No final do ano, é tradicional o surgimento de listas de melhores (e até de piores). É inegável a atração que esse tipo de escolha exerce sobre as pessoas, mesmo quem é contra listar o bom e o mau da produção cultural. Pretendo dar meu pitaco e eleger os livros que mais gostei ao longo de 2010. Como ainda estou na leitura de alguns potenciais candidatos, fico por enquanto com a lista dos musicais encenados em São Paulo e também no Rio, já que não teremos mais nenhuma novidade até o início de 2011.
Assim, minha lista é a seguinte:

MELHOR MUSICAL – HAIR. Sem dúvida alguma é o melhor musical do ano. A mais recente produção de Charles Möeller e Claudio Botelho confirma sua maturidade e pleno domínio das técnicas exigidas por um musical. Hair consegue a proeza de ser atual sem se esquecer do momento que o inspirou, ou seja, a Guerra do Vietnã. Também traz figurinos daquela época mas com um toque que os deixa atuais. As músicas tornaram-se clássicas, portanto, também não defasaram. Mas, o mais importante é o elenco – é normal qualquer musical apresentar algumas falhas ali e aqui de interpretação no chamado segundo elenco, uma vez que apenas os personagens principais têm a obrigação de brilhar. Mas em Hair há uma impressionante homogeneidade de interpretação, canto e dança que, não fosse a própria trama definir os protagonistas, seria possível apontar a todos como principais. Fãs de São Paulo que não podem assistir no Rio precisam conter a ansiedade até a estreia na capital paulista, talvez em março, no Teatro Bradesco.

MELHOR ATRIZ – TOTIA MEIRELES (GYPSY) E KIARA SASSO (MAMMA MIA!). Um empate inevitável, duas atrizes que ultrapassaram as expectitativas em seus respectivos papéis. Primeiro Totia, incomparável como Rose, a mãe controladora e sonhadora. Vê-la em cena permite entender melhor o significado da expressão francesa ‘tour de force’. Totia navegou com tranquilidade na comédia e no drama, cantou como uma diva e também quase à capela, emocionou e provocou gargalhadas, enfim, não deixou escapar nenhum detalhe de seu complexo personagem. Sua interpretação tornou-se lendária, uma verdadeira aula para quem sonha vencer nesse tipo de papel.
Kiara já demonstrara seu talento em outros musicais, mas não se acomodou em Mamma Mia! Na verdade assumiu desafios ao aceitar um papel que aparentemente seria para uma atriz mais velha que ela. Também enfrentaria a difícil concorrência com Meryl Streep, que fez o mesmo personagem no cinema - inconscientemente, o espectador traz a sua imagem gravada na mente quando chega ao teatro. Kiara superou as duas adversidades e apresenta uma impressionante performance. Para mim, seu maior mérito está na forma interpretativa como canta: as músicas do ABBA são conhecidas, mas ela faz com que a letra seja compreendida e inserida na trama, o que, de resto, é a essência de um bom musical. Só por ela, valeria ver Mamma Mia!

ATOR – NANDO PRADO (O MÉDICO E O MONSTRO). Mais um exemplo de superação. Nando, por conta de seu talento vocal e sua bela presença em cena, normalmente é requisitado para papeis de mocinho – em O Fantasma da Ópera, ele até fez um vilão, mas não abriu mão daqueles dotes. Já em O Médico e o Monstro, uma produção soturna e exemplarmente realizada (figurinos e cenário notáveis), Nando tanto era o mocinho como o vilão. E a transformação acontecia com uma nova postura corporal, um cabelo desalinhado e uma voz mais gutural. Para alguns, era pouco, mas fiquei convencido, graças à energia conferida por Nando. Ele é extremamente talentoso e, embora se sinta atraído a se tranformar em cantor profissional de fato, acho que deveria explorar suas virtudes e tentar papeis fora do propósito, que vão consolidar seu talento.

REVELAÇÕES – MARCELO PIRES (BARKS E HAIR) E ANDRE TORQUATO (GYPSY). Dois garotos sobre quem logo vamos ouvir, falar e escrever muito. Marcelo tornou-se revelação de fato em ‘Barks – Um Latido Musical’, pequena produção bravamente comandada por João Federich que trouxe muita graça ao meio musical. Marcelo fez um dos cachorros, Rocks, com uma garra impressionante. É admirável vê-lo em cena, com desenvoltura, e também é ótimo ouvi-lo, pois já se apresenta como um intérpretede qualidade. Em Hair, ele faz um papel pequeno, mas, como escrevi antes, o elenco como um todo é superior, o que permite Marcelo também deixar sua marca. Eis um ator a se observar.
Andre parecia ser apenas um figurante em Gypsy mas, quando chega seu número, em que canta, dança e, principalmente, sapateia ao lado de Adriana Garambone (outra atriz que mantém a extrema qualidade do musical brasileiro), é como que se uma luz acendesse no firmamento. Sua técnica é invejável mas, acima disso, Andre sabe representar, o que o deixa em posição admirável. Eis outro nome a se acompanhar com lupa.

MELHOR DIREÇÃO – JORGE TAKLA (O REI E EU) E CHARLES MÖELLER/CLAUDIO BOTELHO (GYPSY E HAIR). Charles e Claudio continuam se superando. Não bastasse seu imenso conhecimento sobre musicais, eles têm a coragem de emendar um título atrás do outro, sempre com o mesmo nível de qualidade. Isso permite ainda que aprimorem seu trabalho, oferecendo surpresas como essas joias que são Gypsy e Hair.
Jorge também é um conhecedor refinado de musicais – basta observar a elegância de todas suas produções. O Rei e Eu ofereceu aos fãs um exemplo de como se organiza uma produção clássica, com figurinos e cenários deslumbrantes. E ainda trazia Claudia Netto excepcional no papel da professora inglesa, outra interpretação digna de nota, tanto pelo refinamento na encenação e como pelo talento vocal.
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Os bastidores do Mamma Mia! é atração do Vitrine deste sábado


No próximo sábado (4/12), o Vitrine mostra os bastidores de duas grandes atrações: o Musical Mamma Mia!, e a primeira transmissão ao vivo no YouTube na América Latina, o YouTube Sertanejo Live.

Entre os sertanejos que participaram deste segundo evento, realizado esta semana (30/11), em São Paulo, estão Luan Santana e Victor & Leo. A proposta é dar uma cara brasileira à transmissão, num contraste desse estilo musical com a tecnologia do YouTube. Nos Estados Unidos já aconteceram vários shows como esse, com apresentações de Bon Jovi, U2, Alicia Keys. Até mesmo Barack Obama já participou, fazendo um live streaming pelo portal, direto da Casa Branca.


Ainda nesta edição do programa, os bastidores do espetáculo Mamma Mia!, que traz um elenco totalmente brasileiro. Considerado um fenômeno global pela imprensa internacional, ele chega ao País com versões do “mago dos musicais” Cláudio Botelho para 23 músicas do grupo ABBA (banda sueca). Com 11 anos de estrada, o musical marcou a história e tornou-se referência nos principais palcos europeus e na Broadway. Já foi visto por mais de 42 milhões de pessoas, com uma bilheteria que ultrapassa US$ 2 bilhões, arrecadados em cerca de 240 cidades de 30 países diferentes no mundo.


O lançamento do iPad no Brasil também é matéria na atração, mostrando o que fazem os loucos por tecnologia para adquirirem o aparelhinho que permite navegar na web, ler e enviar emails, curtir e compartilhar fotos, assistir vídeos em alta definição, ouvir música, usar aplicativos, ler ebooks e muito mais.O Vitrine vai ao ar todo sábado, às 19h, na TV Cultura.
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MELHORES DE 2010

A partir de hoje esta aberta a votação para o melhor musical do ano pelo Guia Folha. 
O musical 

Jekyll & Hyde


que Kiara Sasso esteve esse esta concorrendo e além dele o atual musical que ela esta atuando agora,
 
Mamma Mia!

ambos estão concorrendo para melhor musical do ano.

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Teatro: Mamma Mia!



Por Vinício Angelici, on 30-11-2010 18:49


Não é por acaso que se trata de um dos mais famosos musicais do mundo, atualmente cumprindo extensas temporadas em Londres e Nova York. Contagiante, solar e envolvente, a peça estreou nos palcos londrinos em 1999, já foi traduzida para catorze idiomas e levada às telas de cinema em 2008, num filme estrelado por Meryl Streep. A magia do musical não é um segredo de polichinelo – basta prestar atenção na irresistível trilha sonora, que reúne hits da banda pop sueca Abba, de sucesso estrondoso nas décadas de 1970 e 1980. As canções e letras de Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus e o libreto da inglesa Catherine Johnson transitam por temas como a desilusão amorosa, porém, a abordagem nunca é pessimista ou baixo astral.

Na montagem brasileira, as eficientes versões em português de Cláudio Botelho observam esse viés. Ambientada em uma ilha grega, a trama é rasa como uma folha de papel e vale-se dessa simplicidade para desfiar um enredo um tanto improvável. O público até agradece porque o que importa mesmo é a massa sonora de sucessos do quarteto sueco. Às vésperas de seu casamento, a adolescente Sophie (Pati Amoroso) decide secretamente convidar três homens que se relacionaram com sua mãe vinte anos atrás.

Um deles é o seu pai e a dúvida irá pontuar todo o espetáculo. Claro, Donna (Kiara Sasso) irá levar um choque ao vê-los ali reunidos para a cerimônia da filha. Para levar adiante essa despretensiosa ficção, a montagem se encarrega de costurar um hit atrás do outro, entre eles, as que grudam no ouvido Dancing Queen, The winner takes it all, Money, Money, Money e Take a chance on me. Na arquitetura imaginada, é a história que acompanha a música e não o contrário, como reza a tradição. Embora algumas canções pareçam ter sido escritas associadas à narrativa, em certos momentos as letras escapam um ou mais dedos dos acontecimentos.

O espetáculo tem duas horas e meia e a platéia mal sente o tempo passar. Praticamente todos os elementos funcionam satisfatoriamente. A produção, que não chega a ser suntuosa, dispôs de cenários e figurinos originais, assinados respectivamente por Nancy Thun e Scott Traugott (com supervisão de Genevieve Petitpierre). A música é brilhantemente executada por uma orquestra de dez músicos, sob a regência e direção musical de Paulo Nogueira. A encenação brasileira leva a marca de Robert McQueen (diretor associado) e Floriano Nogueira (diretor e coreógrafo residente), uma dupla que conduz com grande competência e faro depurado um elenco de 32 atores.

O conjunto, aliás, não deve nada à montagem que este crítico viu na Broadway em 2008.
Em alguns aspectos, transmite mais energia e espírito de irreverência. Mesmo a preocupação com a pouca idade da protagonista, em torno de 30, que seria muito jovem para uma mãe com filha já adolescente, dissipou-se rapidamente. Kiara Sasso é luminosa em cena e incorpora Donna com inequívoco talento. Veterana em musicais, dona de belíssima e afinada voz, a atriz valoriza com muita técnica, carisma e emoção o seu papel, atribuindo-lhe todas as inflexões e nuances necessárias. Andrezza Massei, ótima cantora, sabe tirar proveito de seus atributos físicos e, com muita graça, executa coreografias incríveis que chegam a arrancar aplausos abertos. Rachel Ripani é sempre uma figura bonita em cena e prova que, além de intérprete inspirada, sabe cantar bem.

Os números musicais interpretados por esse trio de amigas são os melhores do espetáculo. Pati Amoroso, no papel da noiva que apronta a confusão, é uma grande promessa como atriz de musicais e faz com graciosidade e leveza uma personagem que quer apenas conhecer o pai que nunca viu. Os três "possíveis pais” dão um show à parte, tanto na interpretação quanto cantando e dançando. Todo o elenco de apoio, bastante homogêneo, entrega-se com prazer redobrado às coreografias e belíssimas canções.

A montagem busca equilibrar-se entre a comédia e o drama, com ampla vantagem para o primeiro registro, e a cenografia nem sempre dialoga com a ambientação. São detalhes que não ofuscam um espetáculo competente e delicioso de se assistir, com desfecho catártico como um megashow pop.

Texto: Benny Andersson, Bjorn Ulvaeus e Catherine Johnson
Adaptação: Cláudio Botelho
Direção Geral: Robert McQueen
Direção Local: Floriano Nogueira
Elenco: Kiara Sasso, Saulo Vasconcelos, Rachel Ripani e outros
Teatro Abril (Av. Brig. Luis Antônio, 411, Bela Vista. Fone: 4003-5588). Quarta a sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 16h e 20h. Ingresso: R$ 80 a R$ 250. Em cartaz por tempo indeterminado.
Estreou: 11/11/2010
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Agora ou só no ano que vem

A reta final do ano chega agora. Em teatro, muita montagem boa já fechou a banca na Capital. Mas ainda há oportunidade de conferir, em diferentes estilos e preços, boas opções.

"Cândida", em cartaz no Teatro Augusta, é a melhor delas. Com Bia Seidl no papel da protagonista, a montagem é repleta de sutilezas, misto de drama com comédia. Mulher de um devotado pastor, Cândida não consegue se contentar com a vida que leva. Um jovem poeta, que se apaixona por ela, lhe desperta a vontade de ser muito mais que bela e lhe põe o desejo de transformar sua vida, reviver, ao lado do marido, os encantos de outrora.

Dois musicais também encerram a carreira paulistana no dia 19. "Mamma Mia!" e "A Gaiola das Loucas" (com ingressos a partir de R$ 20).

Adaptado das canções do Abba, "Mamma Mia!" remonta a história de uma filha que está prestes a se casar e, como não sabe quem é seu pai, chama três homens que fazem parte do passado da mãe para a festa. Kiara Sasso, que já protagonizou montagens como "A Bela e A Fera" e "O Fantasma da Ópera", é o ponto forte do espetáculo com sua maleabilidade vocal e boa interpretação.


SERVIÇO:
Mamma Mia! - Musical. No Teatro Abril - Avenida Brigadeiro Luís Antonio, 411, São Paulo. Tel.: 4003-5588. 4ª a 6ª, às 21h; sáb., às 17h e 21h e dom., às 16h e 20h.


Leia mais em: Diário do Grande ABC

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Marco Zero - Época São Paulo 'curiosidades'

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Destaques da Semana (de 22/11/2010 a 28/11/2010)



"MAMMA MIA!" (São Paulo): Baseado em composições do quarteto sueco Abba, o famoso musical traz movimentos da dança dos anos 70, 80 e 90 --incluindo disco music e hip hop. No elenco, destaque para Rachel Ripani, Pati Amoroso, Saulo Vasconcelos e Kiara Sasso; estes dois últimos apontados como os principais nomes da atualidade do teatro musical brasileiro. Onde: Teatro Abril (av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, Bela Vista, São Paulo-SP). Qua., qui. e sex., às 21h; sáb., às 17h e 21h; e dom., às 16h e 20h. Ingresso: de R$ 80 a R$ 250. Inf.: 0/xx/11/4003-5588


Uol

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Crítica IG - A versão brasileira de "Mamma Mia!"

Espetáculo traz versões em português de músicas do ABBA e estreia nesta quinta em São Paulo

Dênis Victorazo, especial para o iG Cultura | 11/11/2010 19:03

Foto : Caio Galluci


Cena do espetáculo "Mamma Mia!"
O grupo musical ABBA é o maior sucesso da história da música sueca. Talvez o único. Eles invadiram o mundo nos anos 70, vendendo muitos milhões de discos e congestionando as rádios com seus sucessos. Apesar de ter encerrado a carreira no início dos anos 80, o grupo continua a render o suficiente para sustentar muitas carreiras.
O espetáculo "Mamma Mia!", com trilha sonora composta exclusivamente de hits do grupo, está em cartaz em Londres há onze anos e na Broadway desde 2001. O filme "Mamma Mia", rodado na Grécia com Meryl Streep e lançado em 2008, não fez feio nas bilheterias.
Agora temos o "Mamma Mia!" brasileiro, estréia desta quinta-feira à noite no Teatro Abril, em São Paulo, com versões em português das canções do ABBA assinadas por Cláudio Botelho. Não precisa fazer cara feia: as versões são ótimas. Você vai sentir vontade de que elas existissem há mais tempo!

Pretexto para o alto astral


A história é simples, mas meio improvável: garota vai se casar e não conhece o pai, já que foi criada apenas pela mãe, Donna, proprietária de uma pousada numa paradisíaca ilha grega, onde vivem.
Lendo o diário da mãe, a noiva descobre três possíveis pais entre os homens que tiveram relacionamento com sua mãe vinte anos atrás.
Em segredo, ela envia os convites do casamento para cada um deles, imaginando que, ao olhar para o verdadeiro pai pela primeira vez, ela logo saiba quem é.
Claro que não é tão simples assim, o que justifica toda a comédia e drama decorrentes dessa situação. Os momentos cômicos são melhores e os mais desejados, já que, no fundo, é tudo apenas um grande pretexto para ouvir as as músicas do ABBA.

E viva o vencedor

A maior responsável pelo humor no "Mamma Mia!" nacional é a atriz Andrezza Massei no papel de Rosie, amiga de Donna. Uma comediante deliciosa, ela é um verdadeiro achado. Além de ter uma linda voz, ela é aquele tipo de talento que entra em cena e não vemos mais nada em volta, mesmo se tiver alguém tentando roubar a cena ao seu lado.
A jovem noiva, Sophie, vivida por Pati Amoroso, é carismática e talentosa. Dois dos prováveis pais, Carlos Arruza e Cleto Baccic (que nome, hein?), são perfeitos, mas Saulo Vasconcelos, grande cantor, podia se divertir mais e cuidar para não perder as boas piadas que lhe cabem.
Mas o desempenho mais impressionante, num espetáculo cheio de gente talentosa, é de Kiara Sasso no papel da mãe, que foi interpretado por Meryl Streep no cinema.
Kiara é considerada o maior nome do teatro musical brasileiro e poderia ser acusada de monopólio, já que estrelou “A Noviça Rebelde”, “A Bela e a Fera”, “O Fantasma da Opera”, “O Médico e o Monstro”.
Sua voz é linda, sua figura é interessante e invulgar, e ela é capaz de fazer rir na medida certa. Mas a coisa mais difícil num espetáculo como MAMMA MIA! ela alcança ao interpretar “The Winner Takes it All”, onde emociona a todos sem ser cafona. Quem sai ganhando, alem de Kiara, é o público.

"Mamma Mia!"

De 11 de novembro a 19 de dezembro. Quartas a sextas às 21h. Sábados, às 17h e às 21h. Domingos, às 16h e às 20h
Onde: Teatro Abril (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411, Bela Vista) (11) 2846-6060
http://www.teatroabril.com.br
Quanto: De R$ 90 a R$ 250
Aceitam pagamento com dinheiro, cartão de débito e crédito (Visa, MasterCard, Diners Club, Credicard, American Express). 1 comentários

Mamma Mia!, enfim por Ubiratan Brasil

A estreia do Mamma Mia! brasileiro aconteceu e acho que merece um registro aqui, pois muito falei da montagem americana. Como previ, a brasileira não fica nada a dever. Muito pelo contrário, ganha em muitos aspectos da original. A começar pela nossa Donna – Kiara Sasso provavelmente vive seu melhor momento profissional. Se no começo soa um tanto estranho ela ter uma filha com idade próxima, isso logo se esquece quando se ouve Kiara cantar e ainda representar.


Creio que, se existe alguma regra para se representar em musicais, ela é personificada por Kiara. Afinal, o canto é afiadissimo e na medida exata de emoção, a interpretação atinge momentos certeiros de humor e drama, a condução da trama não sofre nenhuma interrupção. Esse é certamente o melhor momento de Kiara, comparável ao da maravilhosa Totia Meireles e sua inesquecível atuação em Gypsy. Se se precisasse de apenas um motivo para se ver Mamma Mia!, basta a maravilhosa interpretação de Kiara Sasso.

O restante do elenco não decepciona, ainda que existam altos e baixos. Saulo Vasconcelos, como esperado, transforma qualquer canção em bela interpretação. O mesmo se pode dizer da coreografia muito bem realizada pelo elenco de apoio. Na verdade, o final de Mamma Mia! é uma verdadeira catarse, algo excepcional para quem gosta de musicais. Mesmo quem conhece o filme ou mesmo viu a montagem da Broadway precisa ir ao Teatro Abril. Nem que seja apenas por Kiara Sasso. Vale o ingresso.

Por Ubiratan Brasil - Blog do Estadão
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Broadway Brasileira: A vinda de Mamma Mia! e Hair





Em meados de novembro, as duas cidades consideradas os maiores pólos culturais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, apresentam ao público dois grandes sucessos do teatro musical mundial: Hair, na cidade carioca, caracterizado pela imersão no mundo e na ideologia Hippie, e Mamma Mia!, em São Paulo, um musical alegre e descontraído criado a partir de musicas do grupo sueco ABBA, como “Dancing Queen” e a própria musica que dá nome ao espetáculo.

Ambos os musicais são considerados grandes clássicos da Broadway, e, como quase todos os clássicos, possuem custos de produção caríssimas, tornando-se um chamativo pela própria qualidade do cenário, dos figurinos, da orquestra, dos atores e dos efeitos visuais. Afinal, não há alguém que nunca tenha ouvido falar na singularidade das produções dos musicais de Nova York e Londres.

Mas o grande atrativo de um musical do porte de Mamma Mia! e Hair é a própria singularidade da história e das musicas. Mamma Mia! se passa em uma ilha na Grécia e conta a história de Sophie - interpretada por Pati Amaroso -, uma garota que está prestes a se casar e decide bisbilhotar o diário da mãe para descobrir o paradeiro do pai que ela nunca conheceu; acontece que sua mãe, Donna – interpretada pela já conhecida no mundo dos musicais brasileiros Kiara Sasso -, relacionou-se com três homens na mesma época. Sophie então decide convidar para o seu casamento os três “supostos pais”, para descobrir quem é seu verdadeiro pai.

A trama é temperada com 23 musicas do ABBA, que na versão original se encaixam tão perfeitamente com o enredo que até parece que as musicas foram feitas especialmente para o musical. Na versão brasileira, porém, as canções tiveram que ser traduzidas, para que fosse preservado o enredo e a ideia de aproximar o espectador aos personagens daquela família a partir das letras. “Os criadores originais deixaram bem claro desde o começo que não queriam que o musical se tornasse um Tributo ao ABBA, mas sim uma história que se utilizasse das musicas do grupo para ser contada”, comentam o diretores americanos Robert McQueen e David Holcenberg, convidados para ajudar na montagem paulistana. "A nossa idéia é fazer com que o público consiga se identificar com os personagens e, para isso, é necessário que a letra seja compreendida." E apesar do temor de muitos de que as letras em português não ficassem tão boas quanto as originais, quem for conferir a peça vai perceber que a tradução ficou muito boa e agradável aos ouvidos.

O tradutor das musicas do grupo sueco, aliás, é o mesmo que traduziu as musicas da versão carioca de Hair: Cláudio Botelho, que junto com o diretor Charles Moeller ficou responsável pela direção e produção da peça que estreou no último dia 5. De acordo com Botelho, as musicas de Hair, compostas por Galt MacDermot, e as letras e texto, de James Rado e Jerome Ragni, são puramente psicodélicas, e por isso houve a decisão de conservar principalmente a sonoridade das palavras originais ao invés de se ter uma maior fidelidade da tradução. Mas não se pode dizer que músicas como “Deixe o Sol Entrar”, a tradução da famosa “Let The Sunshine In”, tenham deixado a desejar por causa disso. As versões brasileira, inclusive, acabaram se tornando fáceis de entrar na cabeça e fazer as pessoas cantarolar junto com os atores.

O musical Hair, em si, não é apenas uma história de um hippie que é convocado e “forçado” a servir o exército na Guerra do Vietnã. Hair é essencialmente uma celebração à ideologia hippie, tornando-a quase que uma pregação religiosa em prol de uma nova era de paz, amor e libertação de tabus – a Era de Aquário, como anuncia a musica que dá início ao espetáculo. A história da tribo hippie liderada pelo cabeludo Berger e pelo “novo cristo” Claude numa Nova York de 1968 se desenvolve de forma que a sua linearidade fique em segundo plano; os hippies cantam e pregam suas crenças com musicas independentes da trama, enquanto a história da convocação de Claude para a Guerra do Vietnã e de seus questionamentos sobre vida, morte e injustiças se desenrola de forma bem sutil no decorrer do espetáculo.




Mamma Mia e Hair também se utilizam de outra arte cênica fundamental: A dança. A coreógrafa Janet Rothermel, que chegou a trabalhar diretamente com a atriz Meryl Streep na produção do filme Mamma Mia!, afirma que nas coreografias do musical há movimentos de dança dos anos 70, 80 e 90, incluindo disco, hip hop e um toque de movimentação grega. Ela ainda diz que as coreografias daqui e de outros lugares do mundo nunca é a mesma que há em outra produção de outro lugar. “A diferença da qualidade de Mamma Mia aqui e em outros países é que aqui as pessoas têm muita energia e alegria no que fazem, o que conta muito para a peça. Os atores daqui são muito competentes.” Já com Hair, a idéia desde o princípio, quando o musical ainda estava estreando em NYC, era de a coreografia seguir um caminho mais improvisado e não decorado. Na adaptação brasileira, isso também existe, mas os movimentos também são estudados de forma a ser ter uma coreografia relativamente fixa e que apresentasse naturalidade.

Dança, cenário, letras e traduções são aspectos fundamentais que transformaram estes dois musicais duas peças raras. Entretanto, talvez o mais interessante destas peças que chegam ao Brasil é que a partir de elementos antigos, como as musicas do ABBA, que datam dos anos 70, e a ideologia hippie anti-guerra, do fim dos anos 60, foram criados dois musicais ainda assim extremamente atuais. As musicas do ABBA são conhecidas e adoradas mesmo pelas gerações mais novas, e a ideologia pacífica do Hippie até hoje traz discussões sobre até onde ainda vai a intolerância da sociedade e sua sustentação nos tabus. São principalmente esses elementos, antigos e ao mesmo tempo atuais, que fazem a ida a esses teatros tornar-se um evento imperdível.

Rodrigo Correa
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Mamma Mia! - Tribuna

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Canções de Abba embalam versão brasileira de "Mamma Mia" em SP

                            As atrizes Rachel Ripani, Kiara Sasso e Andrezza Massei 
                               cantam no espetáculo que está em cartaz na capital paulista

"Mamma Mia!", um dos musicais de maior sucesso na Broadway, está em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo, até o dia 19 de dezembro.O espetáculo apresenta versões em português de músicas do grupo sueco Abba.

Canções como "Dancing queen" e "Money, money, money" embalam a versão brasileira da peça que já foi encenada em mais de 30 países e vista por mais de 42 milhões de pessoas. A produção está em cartaz em Londres há 11 anos e, em Nova York, há nove.

A atriz Kiara Sasso, que interpreta Donna na montagem brasileira, conta que o trabalho é um dos maiores desafios de sua carreira. "Eu tenho que passar uma vivência em cena que eu nunca tive que fazer antes", diz.

A peça se passa em uma pequena ilha na Grécia e conta a história de Sophie (Pati Amoroso), que está prestes a se casar com Sky (Thiago Machado). A jovem, porém, está aflita, pois quer que o pai, que ela desconhece, vá ao casamento.

Para tentar resolver isso, ela convida para o casório três homens que fizeram parte do passado de sua mãe, Donna (Kiara Sasso), e que há 20 anos não a viam. A confusão está armada quando o trio chega à ilha.
Mamma Mia!

Onde: Teatro Abril - av. Brig. Luís Antônio, 411, Bela Vista, região central, São Paulo, tel.: 0/xx/11/4003-5588
Quando: Qua. a sex., às 21h; sáb., às 17h e às 21h; dom., às 16h e às 20h
Quanto: R$ 80,00 a R$ 250,00

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"Mamma Mia!" faz sua estréia no tablado paulista


Jornal DCI - 12.11.2010
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Mamma Mia encerra um ano de musicais!


Reviver os clássicos do grupo sueco ABBA agora é possível no Brasil. A adaptação do musical Mamma Mia está no Teatro Abril em São Paulo até 19 de dezembro. Em cartaz em 11 teatros do mundo, a peça traduzida para 14 idiomas, já foi vista por 42 milhões de pessoas.

As principais canções do Abba que estão no musical são Dancing queen, Take a chance on me, The winner takes it all, Money, money, money e, claro, Mamma mia!.

A história se passa numa ilha grega, às vésperas do casamento de uma jovem, filha da dona do único hotel da região. Sem saber quem é seu verdadeiro pai, ela convida para o casório três homens que fazem parte do passado de sua mãe.



A adaptação brasileira é de Cláudio Botelho; as músicas são cantadas em português. “Elas ajudam a contar a história para o público e também o aproximam dos personagens”, explica o diretor Floriano Nogueira. Apenas no final, quando acontece o show de “Donna e as Dynamos”, Dancing Queen é cantada em inglês, com direito à coreografia original. Presente a dança dos anos 70, 80 e 90, incluindo disco e hip hop.

No elenco, grandes nomes do teatro musical brasileiro, como Kiara Sasso, interpretando Donna Sheridan e Saulo Vasconcelos, no papel de Sam Carmichael. Os dois já viveram pares românticos em musicais como A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde e Fantasma da Ópera.

No início, Kiara assusta pela jovialidade. Ela faz o papel que foi da atriz Meryl Streel, no cinema. Mas, ao vê-la cantando The winner takes it all o susto passa… Com extrema maestria, ela emociona a plateia. Saulo Vasconcelos faz o provável pai, papel de Pierce Brosnan na telona. É o seu primeiro papel de “cara limpa”, isto é, sem usar máscaras num musical. Recém-saído de Cats, ele conta que é gratificante fazer um personagem como Sam.

Mamma Mia!
Até 19 de dezembro de 2010
Local: Teatro Abril
Endereço: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411, Bela Vista, São Paulo
Datas e horários: quartas a sextas às 21h. Sábados, às 17h e às 21h. Domingos, às 16h e às 20h

Para assistir partes do musical e as entrevistas com Saulo Vasconcelos e Kiara Sasso acesse: Mona Dorf - IG

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Mamma Mia - MAKING OF ( Musical Brasil )

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Musical das Feras







Sucesso há mais de dez anos na Broadway, o musical Mamma Mia! finalmente chega ao Brasil. Com um elenco de 32 atores, entre eles Kiara Sasso, Saulo Vasconcelos, Rachel Ripani e Andrezza Massei, que interpretam as canções do grupo sueco Abba, compostas por Benny Andersson e Björn Ulvaeus, a pré-estreia foi aclamada pelo público no Teatro Abril, em São Paulo.

Recepcionados por familiares e amigos, os atores não contiveram a emoção. "A peça é incrível, alegre e tem uma energia boa. Estávamos com muita expectativa de subir ao palco", disse a atriz e produtora Rachel, com o namorado, o empresário Andre Jakubovicj.

Habitués dos palcos, Kiara e Saulo estão entre as grandes referências do teatro musical brasileiro. "Ganhei um papel diferente de tudo o que já fiz. É um desafio que estou amando", confessou ela, que já participou de O Fantasma da Ópera, esta ao lado de Saulo, e A Bela e a Fera, ambos da Broadway, e iniciou sua carreira há quase 17 anos. "Quando eu achei que já tinha vivido de tudo, chega uma surpresa como esta", exultou Saulo, que está comemorando dez anos de canto e dança nos espetáculos.


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Mamma Mia!


Musical baseado em músicas do ABBA chega ao Brasil

O musical “Mamma Mia!” chega ao Brasil, com versões de Cláudio Botelho. A montagem conta com 23 músicas do grupo ABBA e 32 artistas no elenco, entre eles Kiara Sasso, Saulo Vasconcelos, Rachel Ripani e Cleto Bacic. A produção brasileira contará com figurinos e cenários originais.


Para escrever uma história sobre amor e amizade, passada em uma pequena ilha grega, a escritora Catherine Johnson se inspirou nas canções do grupo sueco ABBA inspiraram. A história mostra uma filha, às vésperas de seu casamento, que está em busca da identidade de seu pai e para isso convida três homens que fazem parte do passado de sua mãe. Hits como "Dancing Queen"; "The Winner Takes It All"; "Money, Money, Money" e "Take A Chance on Me", fazem parte da peça.


Ainda em cartaz em sete teatros do mundo, incluindo Londres e Nova York, o espetáculo já se apresentou em mais de 240 cidades e foi traduzido para 14 idiomas. O texto também rendeu frutos no cinema, com Meryl Streep, Pierce Brosnan e Colin Firth no elenco.

Mamma Mia!
Teatro Abril
Tel.: (11) 4003-5588
Quarta, quinta e sexta, às 21h, sábado, às 17h e 21h, e, domingo, às 16h e 20h.
Este espetáculo é recomendado para todas as idades. Menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsável legal.
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Sucesso em versão Nacional - Revista Quem


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Matéria: Diário do Grande ABC

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Da pista de dança para o palco


Se os anos 70 são comprovadamente uma fonte de nostalgia, a banda sueca ABBA é o melhor exemplo de como transformar a memória em franquia. Mesmo que os integrantes do grupo formado em 1972 já tenham se separado há quase três décadas, suas canções e seu estilo parecem nunca sair do universo pop e geraram uma infinidade de subprodutos extremamente lucrativos – de coletâneas ao ABBA Museum, em Estocolmo, passando pelo filme Priscilla – A rainha do deserto e por um sampler no último disco de Madonna.



Haveria algum motivo para que músicas como “Dancing queen”, “Chiquitita” e “Mamma mia” ainda façam sucesso nas pistas de dança e voltem às paradas de tempos em tempos? “Esse é um mistério com que eu vivo bem”, diz Björn Ulvaeus, um dos Bs do nome ABBA (>em>leia sua entrevista abaixo). As melodias pegajosas, a qualidade das cantoras e as grandes produções são parcialmente responsáveis pela longevidade do ABBA. Também não se pode subestimar a história do grupo, que tem papel essencial na formação do pop dançante atual: foi a primeira banda nórdica a fazer sucesso mundial e uma das pioneiras em usar o videoclipe como ferramenta de divulgação. Ainda assim, o trabalho de Ulvaeus nos bastidores merece a maior parte dos créditos pelo sucesso comercial da banda nos últimos anos. Após o esfacelamento da banda, Ulvaeus e Benny Andersson – o outro B do ABBA – juntaram-se para proteger o legado do grupo, lançando discos e produzindo musicais.

O teatro é um dos ambientes mais improváveis que a franquia ABBA conseguiu desbravar: com letras que beiram a banalidade, feitas sob medida para as pistas de dança, as músicas da banda tinham tudo para resultar em dramaturgia de péssima qualidade. Apesar disso, Mamma mia! está em cartaz em sete teatros ao redor do planeta, incluindo as montagens do West End de Londres e da Broadway. Já conquistou seu lugar na história, mesmo com apenas 11 anos de vida – pouco se comparado a musicais como O fantasma da ópera, há 24 anos em cartaz, ou Cats, há 30. A consagração definitiva veio em 2008, quando o espetáculo foi adaptado para o cinema, com Meryl Streep no papel principal.

A banda ABBA em 1978Antes de Mamma mia! , Ulvaeus já participara da criação de canções para outros dois musicais pouco conhecidos. Em Mamma mia!, ele e Andersson só precisaram concordar com o uso dos antigos sucessos do ABBA para se tornarem coprodutores. A receita que encontraram para fazer um musical de sucesso beira o óbvio: canções de amor superconhecidas, drama para diferentes faixas etárias, figurinos nostálgicos, cenários paradisíacos e uma aposta na capacidade das músicas para provocar empatia nos espectadores. Uma aposta cujo resultado os dois Bs do ABBA sabiam de cor.

O maior desafio era encaixar as letras numa trama minimamente plausível. Mamma mia! conta (e canta) a história da ex-hippie Donna, cuja filha está para se casar. Proprietária de uma pousada numa ilha grega, Donna reencontra amigas e amores do passado por causa da festa. Há o amor quase adolescente dos noivos, a relação entre mãe e filha, o desejo da noiva de conhecer o pai, o retorno das paixões do passado e, como não poderia faltar, o casamento no final.

Embora a história seja universal, em cada montagem há a preocupação de imprimir uma visão local ao show. Cada produção de Mamma mia! traz características do país e da cidade em que é encenada. Na versão brasileira, esse trabalho coube ao canadense Robert McQueen, que também dirigiu o musical nos Estados Unidos e no México. A atriz Kiara Sasso, principal estrela dos musicais brasileiros, foi escolhida para o papel de Donna. Protagonista de espetáculos como O fantasma da ópera e A noviça rebelde, Kiara considera Mamma mia! um marco em sua carreira de mais de 15 anos. “Além de fazer o papel de uma mulher bem mais velha do que eu, estou descobrindo que consigo atingir os timbres mais baixos que as músicas do ABBA pedem”, afirma. Além disso, foi possível mudar a movimentação no palco, algo raro em produções estrangeiras – em geral, elas enviam regras prontas a seguir.

Mas há um limite para a liberdade: os tradutores do texto original têm de obedecer a uma série de restrições – do número fixo de sílabas para cada verso à manutenção obrigatória de alguns refrões. “ ‘Dancing queen’ não virou a rainha do baile”, diz Cláudio Botelho, o responsável pela versão brasileira das letras. A exigência mostra a força da visão de Ulvaeus para a indústria ABBA: embora tenha uma importância crucial, a qualidade da produção deve estar subordinada à nostalgia.

Revista Época

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Coletiva do musical Mamma Mia!

Assistam a cobertura que o pessoal do Universo Animado fez da coletiva de imprensa de Mamma Mia!

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Conheça os bastidores do musical Mamma Mia

Uma sala de aula que virou palco. Os ensaios na escola começam às onze horas da manhã e vão até as sete da noite. É bem metódico, cada um tem o seu horário e não atrasa. Por isso que o diretor não deixa os atores pararem pra dar entrevista.

Os ensaios são por partes e não necessariamente na ordem em que a peça acontece. Cada cena é repetida muitas vezes até o diretor canadense achar que ficou bom. Robert veio para o Brasil para garantir que o Mamma Mia daqui será igual aos de outros países.

Todas as músicas do espetáculo são do grupo Abba, sucesso nos anos 70. Aqui, as letras foram traduzidas para o português.

Ensaios... Horários... Diretor... Isso eles tiram de letra. Sabe o que está matando os atores? O palco. São dez graus de inclinação. O publico gosta, porque vê melhor o que está na frente e no fundo do palco. Mas os atores... “Imagina você fazer um espetáculo descendo uma ladeira, é um pelourinho. Se você der uma voltinha errada você acaba no colo da plateia”, ri o ator.

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O Mamma Mia deve ficar, pelo menos, um ano em cartaz em São Paulo.


Acesse para ver o vídeo: Jornal Hoje
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Mamma Mia! no Jornal Hoje

Não esqueçam, hoje, Kiara Sasso e todo o elenco de Mamma Mia! estarão no Jornal Hoje da rede Globo à partir das 13h



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Guia Folha de São Paulo




Guia Folha de São Paulo 12.11.2010
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Pré estreia de Mamma Mia!

Entrevista com Antonio Carlos Gomes ,falando sobre a pré estreia do Musical Mamma Mia






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Olha nós aqui outra vez - Diário de São Paulo

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Mamma Mia! matéria do jornal Agora



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The Dancing Queen


quinta-feira, 11 de novembro de 2010 - Anderson Perri



O espetáculo se chama "Mamma Mia", mas poderia ser "Dancing Queen", pelo que se viu na estreia da versão nacional da produção londrina. Com nomes consagrados dos palcos brasileiros, como Kiara Sasso e Saulo Vasconcelos, o musical embalado pelas canções do grupo sueco ABBA empolgou a platéia, que cantou e dançou até a última música.

O enredo conta a história de uma garota que tenta descobrir a identidade de seu verdadeiro pai durante o seu casamento. O espetáculo já foi assistido por mais de 45 milhões de pessoas, em mais de 30 países é certeza de casa cheia, de quarta a domingo, no Teatro Abril em São Paulo.

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Mamma Mia! (A Moda Paulistana)



Por Sergio Roveri

Formado na Suécia em 1972, o grupo pop Abba se converteu rapidamente em uma espécie de Beatles da segunda divisão. Vendeu tanto, criou quase tantos hits e foi tão assediado quanto a banda inglesa. Mas, ao contrário dos garotos de Liverpool, o quarteto sueco nunca viu seu repertório ser associado à poesia e à sofisticação – se os Beatles criaram músicas para corações e mentes, o Abba se concentrou na região das pernas e quadris. Dezenas de canções dançantes, de letras pueris e refrões hipnóticos, fizeram do Abba um dos maiores vendedores de discos da história – quase 400 milhões de cópias. Mais importante do que as cifras, entretanto, é constatar que o tempo parece ter perdoado o grupo por qualquer resquício de breguice e mau gosto: o Abba, hoje, é uma banda de valor sentimental inestimável para milhões de pessoas que, numa noite qualquer dos últimos 30 anos, deixaram o recato de lado para encontrar a felicidade já nos primeiros acordes do eterno hit Dancing Queen.





Tudo isso posto, não é surpresa que as canções do grupo tenham inspirado um dos mais bem-sucedidos musicais dos últimos tempos, Mamma Mia! Desde sua estreia, em 1999, este híbrido de peça-show já foi visto por 45 milhões de pessoas, responsáveis por movimentar uma bilheteria de US$ 2 bilhões em 270 cidades ao redor do planeta. A partir desta sexta (12), São Paulo passa a alimentar estes números estratosféricos com a estreia da versão brasileira de Mamma Mia!, que comemora os dez anos do Teatro Abril, o principal templo dos grandes musicais do País. "Não há dúvidas de que este sucesso planetário irá se repetir por aqui, já que Mamma Mia! reflete o espírito brasileiro de celebração, alegria e ligação familiar", diz Stephanie Mayorkis, diretora da Área de Teatro da Time For Fun, empresa produtora do espetáculo.


O musical não pretende ser um mero tributo à banda, tanto que as canções, traduzidas para o português, são empregadas para alinhavar a narrativa de um pequeno drama familiar. Perto de completar 20 anos, a jovem Sophie Sheridan (representada aqui pela atriz e cantora Pati Amoroso) decide convidar o pai desconhecido para sua festa de casamento com o garotão Sky. O problema é que ela não sabe quem é seu pai biológico: a garota é fruto de um entre três relacionamentos praticamente simultâneos que sua mãe, Donna Sheridan (Kiara Sasso, estrela de A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde e O Médico e o Monstro) manteve no final da adolescência. Na dúvida, a garota convoca os três candidatos. Um dos prováveis pais, Sam Carmichael, é interpretado por Saulo Vasconcelos, galã de Cats e O Fantasma da Ópera. A chegada desses três homens e de duas velhas amigas da mãe vai incendiar a rotina do Villa Donna, pequeno e deficitário hotel que Donna Sheridan mantém em uma ilha grega.

"Em todos os países em que o musical é apresentado, as canções são traduzidas para o idioma local como forma de facilitar o entendimento do grande público", diz o diretor musical David Holcenberg. "Como no Brasil o Abba continua sendo um grupo muito popular, decidimos criar, no final do espetáculo, um pot-pourri com três canções no original em inglês, Dancing Queen, Mamma Mia! e Waterloo". Segundo Holcenberg, a execução das canções em inglês, com legendas, iria esvaziar o enredo e jogar toda a atenção da peça em cima do próprio Abba. "Os criadores do musical, que por sinal são meus chefes, fazem questão de que o público acompanhe a história de Donna Sheridan e sua filha, e não somente as canções do grupo".

As 23 músicas do Abba apresentadas em Mamma Mia!, que leva ao palco um elenco de 32 atores e uma orquestra de dez músicos, foram traduzidas para o português por Claudio Botelho. O musical inspirou, há dois anos, uma adaptação cinematográfica de enorme sucesso. Rodado na ilha grega de Skopelos e dirigido por Phyllida Lloyd, Mamma Mia!, o filme, foi estrelado por Pierce Brosnan, Amanda Seyfried e uma hilariante Meryl Streep no papel que é feito agora por Kiara Sasso. "A Meryl Streep é bem mais velha do que a personagem, e isso obrigou os produtores a elevar a faixa etária do restante do elenco do filme", diz Sasso. "Eu acho que estou mais próxima da idade real da personagem do que Meryl, embora sua atuação tenha sido estupenda".

A polêmica sobre a pouca idade de Kiara Sasso que, aos 31 anos, interpreta a mãe de uma garota de 20, parece ter sido encerrada, a uma semana da estreia, por uma declaração do diretor do espetáculo, Robert McQueen: "Quando eu assisti ao teste da Kiara, vi que tinha encontrado a atriz perfeita para o papel", disse. "E o importante era encontrar a atriz perfeita, e não alguém que tivesse a idade perfeita. A atriz que fez Donna Sheridan na montagem de Las Vegas, por exemplo, tinha pouco mais de 20 anos".

SAULO, SEM MÁSCARA.

"Ao contrário dos outros musicais que já fiz, em que tudo vinha pronto dos Estados Unidos" – diz Saulo Vasconcelos – " Mamma Mia! nos deu a chance de estudar o texto, de discutir as características dos personagens. Tivemos tempo de entender o objetivo de cada uma das cenas. Foi um trabalho feito com muito carinho. Estou feliz também porque, depois de muito tempo, posso mostrar minha cara no palco. Em Cats e O Fantasma da Ópera, eu sempre me escondi atrás de máscaras."


DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ.

Kiara Sasso, 31 anos, e Saulo Vasconcelos, 36, formam o primeiro casal dos musicais brasileiros. Mamma Mia! é a quarta vez em que eles contracenam – já estiveram juntos em A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera e A Noviça Rebelde. A seguir, trechos do depoimento de Kiara Sasso sobre esta nova produção. "Estou achando ótimo fazer este espetáculo porque, até hoje, eu sempre fui a mocinha. Agora eu sou a mãe da mocinha. Eu não me inscrevi para os testes iniciais porque me achava nova demais para viver a mãe e velha demais para representar a filha. Resolvi me candidatar quando eu soube que a produção ainda não tinha encontrado a atriz para fazer a Donna Sheridan, depois de duas baterias de testes. Está sendo uma alegria participar de um trabalho tão solar, principalmente depois de ter feito O Médico e o Monstro, uma peça escura e soturna."
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Sucesso da Broadway, “Mamma Mia!” tem estreia em SP hoje

Estreia hoje em São Paulo, no Teatro Abril, o musical Mamma Mia!, uma das produções de maior sucesso na Broadway, que já atraiu mais de 45 milhões de pessoas em 30 diferentes produções pelo mundo e, em 2008, ganhou a versão para o cinema estrelada por Meryl Streep e Amanda Seyfried. Talvez tanto êxito se deva à trilha sonora, com composições do grupo sueco Abba, entre elas, Dancing Queen, hit dos anos 1970.

A peça se passa em uma pequena ilha na Grécia e conta a história de Sophie (Pati Amoroso), que está prestes a se casar com Sky (Thiago Machado). A jovem, porém, está aflita, pois quer que o pai, que ela desconhece, vá ao casamento.

Para tentar resolver isso, ela convida para o casório três homens que fizeram parte do passado de sua mãe, Donna (Kiara Sasso), e que há 20 anos não a viam. A confusão está armada quando o trio chega à ilha.

Kiara Sasso, que faz o papel vivido por Meryl Streep no cinema, é uma velha conhecida dos palcos brasileiros e tem o currículo cheio de musicais. Ela já fez A Bela e a Fera (2002), O Fantasma da Ópera (2005), Miss Saigon (2007), A Noviça Rebelde (2008) e Jekyll & Hyde - o Médico e o Monstro (2010). “Cada musical que fiz teve a sua característica, mas Mamma Mia! é o primeiro em que não faço a mocinha”, conta Kiara. Para a atriz, a história de Mamma Mia! é o grande barato do espetáculo. “O material dramático da peça é excelente. Você ri e chora o tempo todo. O texto fala de amor, de amizade e de filhos que saem de casa.”

A produção conta com versões em português das músicas do Abba. No final do espetáculo, é feito um replay com algumas versões em inglês.

Preferência

O Brasil tem recebido grandes musicais que fazem sucesso no eixo Estados Unidos - Inglaterra. Só em 2010 oito grandes nomes estrearam por aqui: Hairspray, Gipsy, Cats, Zorro, Jekyll & Hyde - o Médico e o Monstro, O Soldadinho e a Bailarina, A Gaiola das Loucas e Mamma Mia!. Para Floriano Nogueira, diretor de Mamma Mia!, no entanto, a onda de musicais no país começou há dez anos. “Todo ano temos estreias, mas 2010 foi grandioso.”

Segundo Nogueira, os brasileiros ainda estão se acostumando a assistir a musicais. Ele afirma que, no Brasil, o público prefere espetáculos alegres, com músicas animadas. “As peças mais dramáticas e pesadas, sem tanta coreografia, muitas vezes não agradam, mesmo que tenham histórias lindas”, diz Nogueira. (Da redação)

Serviço: “Mamma Mia!” - Qua., qui. e sex. às 21h, sáb., às 17h e às 21h, e dom., às 16h e às 20h, no Teatro Abril (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411, Bela Vista, telefone: (11) 2126-7300). Ingressos: de R$ 80 a R$ 250. Até 20/06. Livre.
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