Artista! Atriz, cantora, dubladora, e até um pouco bailarina. ehehhehehe Enfim, só para dividir um pouquinho da minha vida...
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Kiara Sasso retro

Kiara Sasso começou sua carreira aos oito anos de idade atuando na televisão, em filmes e comerciais publicitários em Los Angeles, na Califórnia, onde foi criada. Aos 14 anos, no Rio de Janeiro, Kiara Sasso fez o musical "Banana Split" e aos 17 anos atuou em papel de destaque no musical off-Broadway "Os Fantástikos" – 1996 concretizando, assim, seu primeiro trabalho com Charles Moeller e Claudio Botelho.
Os Fantastikos
Após participar do musical “As Malvadas” no Rio de Janeiro em 1997, retornou para os Estados Unidos.
As Malvadas
Cole Poter
Retornou ao Brasil em 2001, o que pareceu ser uma obra do destino, já que a partir desse mesmo ano, Kiara emendaria, praticamente um trabalho no outro. A começar por 2001 com “Cole Poter– Ele nunca disse que me amava”. Assim, no ano que se segue, Kiara tem sua grande estreia em um musical da Broadway no teatro Abril como Bela no musical A Bela e a Fera que ficou em cartaz no período de 2002 e 2003, com grande sucesso de publico e uma das maiores expectativas para todos até então:

Em cartaz na capital paulista há um mês, o musical A Bela e a Fera é um tremendo sucesso. Antes mesmo da estréia, 25.000 pessoas já haviam comprado ingressos para a megaprodução, que tem a marca da Disney... e como protagonistas estão Kiara Sasso e Saulo Vasconcelos.” Veja 17 de julho de 2002
A Bela e a Fera

Ao termino de A Bela e a Fera, Kiara não perdeu tempo! Participou da temporada do musical “Tudo é Jazz” em 2004 no Rio de Janeiro, que tratava de um tributo à dupla Fred Ebb e John Kander encenado na década de 1990 no circuito off-Broadway.
Tudo é Jazz
Porém, o ano seguinte com certeza seria um dos melhores anos da carreira de Kiara Sasso, já que viria a interpretar a personagem principal do musical que a inspirou a cantar, Christine de “O Fantasma da Ópera”, considerado a maior bilheteria do teatro musical brasileiro até hoje. Esse papel fez com que ela conquistasse definitivamente seu publico, seu espaço e respeito no teatro musical brasileiro, afinal, foram dois anos (2005/2006/2007) de grande sucesso!


O Fantasma da Ópera

O Fantasma da Ópera


 
Miss Saigon
Após o término de “O Fantasma da Ópera” em 2007 veio a querida Ellen de “Miss Saigon” que vestia um lindo vestido azul cor de céu que sempre fazia aos acompanhantes do gênero lembrarem de BELA e principalmente para os que não viram desejarem ver ainda mais. Entretanto, só o vestido era igual porque as personagens eram totalmente diferentes. Mas, Kiara não terminou a temporada do musical pois teria que ‘embarcar’ para Áustria para se tornar a doce Maria de “The Sound of Music” ou, como chamado no Brasil, “A Noviça Rebelde”. Mais um espetáculo em sua carreira de grande êxito nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
A Noviça Rebelde



“Como Maria, a noviça espevitada do espetáculo que já levou mais de 120 mil pessoas ao Teatro Oi Casa Grande, no Rio, Kiara vem exibindo sua versatilidade como atriz. E conquistou o público. "Teve uma senhora que veio beijar a minha mão", ri, sem graça. Para ela, a produção brasileira tem encantado especialmente os fãs do filme estrelado por Julie Andrews, em 1965.” – Isto é Gente Edição 477 - 27 de agosto de 2008

Jekyll e Hyde
Depois de várias prorrogações em São Paulo e de uma temporada de êxito “ A Noviça Rebelde” se despede da cidade no teatro Sergio Cardoso e após alguns meses depois já no ano de 2010, Kiara entra para o elendo de Jekyll e Hyde, estrelando como a encantadora Emma.
O que muitos não esperavam, nem mesmo Kiara, aconteceu. Ela foi aprovada em Mamma Mia e dividia suas horas ensaiando o novo musical e apresentando o espetáculo que estava em cartaz no teatro Bradesco, Jekyll e Hyde. Como todo esforço tem sua recompensa, Kiara foi extremamente elogiada por sua atuação em Mamma Mia e baniu qualquer dúvida daqueles que pensavam que ela não teria condições de fazer uma mulher mais velha como Donna.

“...Mas o desempenho mais impressionante, num espetáculo cheio de gente talentosa, é de Kiara Sasso no papel da mãe, que foi interpretado por Meryl Streep no cinema. IG Cultura” – 11.11.2010


“(...)Se se precisasse de apenas um motivo para se ver Mamma Mia!, basta a maravilhosa interpretação de Kiara Sasso.” – Ubiratan Brasil 22.11.2010


Mamma Mia também foi marcante pelo fato de essa ser a quarta produção de Kiara Sasso com Saulo Vasconcelos, interpretando casal protagonista, que ficará certamente na lembrança de Kiara assim como por vários outros motivos, como no relato abaixo:
“A noite de ontem foi inesquecível! Nunca passei por um último dia de espetáculo tão incrível como foi o de Mamma Mia! Acho que muito disso se deu pelo Mamma Mia ser uma peça tão linda e apaixonante. Uma história de amor tão linda de uma filha e uma mãe, as descobertas das duas com os possíveis pais, o amor da vida de Donna... Olha... foi um prazer dar vida à Donna e poder contar essa história por mais de um ano! A memória de ontem está cravada no meu coração para sempre. Amo! Um último beijo, Donna”, afirmou ela em seu Facebook em 19.12.2011
E no mesmo ritmo que foi para entrar Mamma Mia, Kiara também ritmou para entrar em sua peça atual HAIR (2012) que, como lá no inicio, era com Charles Moeller e Claudio Botelho, essa agora também! E assim como outras decorrentes nesse relato... São mais de 15 anos de sucesso de ambos e com Hair não poderia ser diferente! Ela, que nesse espetáculo volta interpretar uma mocinha, mas uma mocinha bem pirada, uma hippie sonhadora e além de tudo grávida que arranca varias risadas da plateia e deixa todos muito a vontade e diferente do que Kiara vem fazendo nos últimos anos, pois, não é o papel de uma protagonista.

“Ela passou por uma verdadeira desconstrução para assumir esse personagem”, conta Botelho ao Estado de São Paulo em 06.01.2011


Hoje 27.01.2012 é aniversário dessa grande Cantriz que temos no Brasil. Aqui, foi descrito um pouquinho de sua carreira profissional sem citar filmes, dublagens e participações todos feitos com excelência, pois, se fossemos escrever tudinho mesmo seria necessário várias publicações no blog para terminar porque a lista é extensa. Quase toda a sua vida, ou toda ela, foi dedicada a arte.


Então nesse texto intitulado como Kiara Sasso retrô terminamos aqui com um “Parabéns para você...” porque hoje além da artista maravilhosa faz aniversario também a menina que nasceu no Rio de Janeiro a Chiara Francesca Perin Di Santolo Sasso.

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BandNews FM prepara transmissões especiais para São Paulo

Repetindo o planejamento de anos anteriores, a BandNews FM 96.9 de São Paulo vai realizar transmissões especiais direto do Mercado Municipal para marcar o aniversário da capital paulista (25 de janeiro, data que inclusive é feriado local). A cidade de São Paulo completa 458 anos e parte das emissoras jornalísticas da cidade dedicam ações especiais relacionadas ao aniversário da megalópole brasileira. As transmissões da BandNews a partir do mercado foram iniciadas no último sábado através de uma estrutura especial montada no local.

Desde o dia 21 (sábado passado) o âncora Eduardo Barão fala ao vivo do estúdio da emissora montado no "Mercadão", onde receberá convidados especiais. Entre eles estão os atores Danton Melo e Carlos Moreno, os humoristas Paulo Bonfá, Marcelo Mansfield e Danilo Gentili, as atrizes Kiara Sasso e Jacqueline Dallabona, o narrador Dirceu Marchioli, o apresentador esportivo Milton Neves e o âncora Ricardo Boechat. Esse especial pode ser acompanhado pelos ouvintes presentes no local, indo ao ar entre 12h00 e 14h00 nos 96.9 FM de São Paulo.

As transmissões foram iniciadas no sábado (21) e também marcaram a grade da rádio no domingo (22). As transmissões seguem diariamente até quarta-feira (25), dia do aniversário da cidade. Parte desse especial poderá ser acompanhado a partir das demais rádios que integram a rede nacional da marca BandNews, são elas: 94.9 FM do Rio de Janeiro, 106.7 FM de Campinas, 89.5 FM de Belo Horizonte, 96.3 FM de Curitiba, 90.5 FM de Brasília, 96.7 FM de Ribeirão Preto, 99.3 FM de Porto Alegre e 99.1 FM de Salvador.

Recentemente o Tudo Rádio noticiou as comemorações do aniversário da Capital AM 1040 que acontecerá no mesmo dia do aniversário de São Paulo. Rádios como Jovem Pan AM 620, CBN AM 780 FM 90.5, Bandeirantes AM 840 FM 90.9 e Estadão ESPN FM 92.9 AM 700 também estão com peças/chamadas e quadros especiais voltados ao aniversário da capital paulista, além de uma grade especial no dia 25 de janeiro.

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HIPPIE DE APLIQUE. Cabeleira anos 60 dos personagens do musical 'Hair' é resultado de perucas e muito mega-hair

Cabeleira anos 60 dos personagens do musical ‘Hair’ é resultado de perucas e muito mega-hair
 
 
MÔNICA BERGAM0
 
 
Não é muito fácil ser hippie de musical em 2012. Ainda mais perto do Carnaval. Não por causa da procura por adereços, mas sim porque falta cabelo.
 
“Não achávamos fios naturais crespos para comprar para as atrizes negras. As passistas das escolas de samba já tinham reservado os estoques de quase todas as lojas de cabelo do Rio e de SP”, diz Mel Mesquita, gerente de produção da Aventura, realizadora da versão brasileira de “Hair” [cabelo, em inglês].
 
Às vésperas da estreia, no dia 13, no Teatro Frei Caneca, ela teve que implorar para que uma vendedora conseguisse a cabeleira. “Expliquei a situação e ela ‘roubou’ o cabelo que estava reservado para uma passista lá do Rio. Pagamos R$ 2.000 por 600 gramas de fios”, diz à repórter Lígia Mesquita.
 
O mais de meio quilo de cabelo se transformou em dois mega-hairs que foram trançados ao couro cabeludo das atrizes Juliana Peppi, 28, e Jennifer Nascimento, 18, num processo que levou 12 horas para ficar pronto.
 
Entre os 30 atores do espetáculo dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, só 11 exibem longas madeixas naturais. Outros 11 colocaram mega-hair, um usa aplique e sete, perucas.
 
Todos os atores que alongaram as madeixas contam que sofreram e que o processo foi dolorido. Kiara Sasso, 32, uma das protagonistas, diz que “queria morrer” na primeira semana com o mega-hair. “Não dava pra dormir, doía a cabeça.” Ela lembra que certa vez passou por uma turbulência em um voo e só pensava: “Não quero morrer com esse tanto de cola na minha cabeça”.
 
O ator com ascendência japonesa Bruno Kimura, 30, de mega-hair, entra na sala onde fica a cabeleireira do espetáculo. Abre uma gaveta e coloca dentro algumas mechas de cabelo. “Todo dia a gente perde alguns fios. Aí guardamos aqui. No fim do mês, separamos qual mecha é de quem e vamos ao salão para colar de novo”, diz. Ele conta que o visual cabeludo provoca curiosidade nas pessoas. “Hoje, ninguém pensa: ‘Ah, esse cara é hippie’. Dizem: ‘Será que ele é algum lutador? Será que faz show como travesti?’.”
 
Reynaldo Machado, 21, cabeça raspada, se acomoda em uma cadeira para colocar a peruca estilo “black power”. É a única que não leva fios verdadeiros. “Meu cabelo cresce pouco e, quando cresce, dói. Cabelo duro, sabe como é que é.” O ator diz que a peruca é um fetiche para as mulheres. “Elas me acham mais gostoso.”
 
Se na cabeça o negócio é ter uma juba, no corpo os atores quase não têm pelos -bem diferente da estética hippie dos anos 60, em que mulheres deixavam as axilas e as virilhas cabeludas. Na famosa cena em que o elenco aparece nu no palco, nota-se a depilação em dia até em alguns homens.
 
O protagonista Hugo Bonemer, 24, primo de William Bonner, raspa o peito. “Meu personagem tem 18 anos e é polaco. Mas eu não quero falar disso [depilação].” Segundo ele, “na tribo do nosso musical tem pessoas que fazem referências reais aos hippies de 68. Mas também tem gente que malha, que se depila. O público paga caro para assistir e espera uma qualidade estética”.
 
“Muita gente questiona: ‘Ah, mas eu vi uma hippie depilada!’. Meu amor, se fosse realmente seguir o fundamento hippie, não teria luz no palco, não teria figurino, afinação. Isso aqui é um musical que fala dos hippies. Ninguém aqui é hippie”, afirma Reynaldo Machado. “Se é pra ser do jeito real, sem se depilar, a gente deveria estar nu, dançar na rua, se abraçar fedido. O ingresso custa caro [a partir de R$ 130].”
 
Kiara Sasso diz que não gostaria e nem poderia deixar o corpo peludo. “Fiz depilação a laser [ou definitiva].” E questiona: “No teatro é melhor ter alguém que cante bem ou que não fez depilação definitiva?”.
 
Para a atriz Carolina Puntel, 31, que tem os cabelos longos ruivos naturais, deixar ou não os pelos no corpo é “o de menos” em “Hair”. “O importante dessa peça é a mensagem de amor e de paz.”
 
 
Jornal Folha de São Paulo, domingo 22 de janeiro de 2012.
 
 
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Hair - O musical pré estreia

Antonio Carlos Gomes acompanhou a estréia para convidados do musical Hair em São Paulo no Teatro Frei Caneca. Mais de 40 anos se passaram desde a estreia de 'Hair' na Broadway. Ao retratar o nascimento do movimento cultural e comportamental dos anos 60 e 70, o musical se tornou um fenômeno e marcou época, tanto no exterior como em uma lendária versão nacional. Ele entrevista, Kiara Sasso, Simone Gutierrez, Tiago Abravanel, Hugo Bonemer, Claudio Botelho e muitos outros.

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Montagem de Hair em São Paulo surpreende e encanta fãs de musicais

O site MoellerBotelho postou ontem uma matéria com depoimentos de fãs sobre o espetáculo HAIR o qual esta em cartaz atualmente Kiara Sasso. Muitos dos que prestaram depoimentos falaram sobre Kiara, vejam!
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Resultado da promoção "Deixe um sol entrar"

E já temos o escolhido ganhador do par de ingressos  para assistir HAIR hoje na sessão das 21:30h.

Muitas respostas lindas e pessoas muito criativas, mas, somente uma poderia ser a escolhida e por isso a demora do resultado, muitas dúvidas. Então, muito obrigado a todos que participaram.

E assim, temos o prazer de anunciar que a frase ganhadora foi:

"Arriscar novos horizontes, abraçar novas expectativas, enfrentar a realidade, buscar o impossível, sonhar com o inevitável, alcançar o sonho de uma vida. Tudo tem um caminho; curto, longo, difícil, impossível,devagar, rápido... Ter um destino, uma meta, uma certeza... de que em 2012 vou "DEIXAR O SOL ENTRAR". Me arriscar e quem sabe obter sucesso; uma nova historia, uma nova expectativa... q sábado seja so o começo... MUITA MERDA "HAIR"! Q A TEMPORADA SEJA MAIS DO QUE SE IMAGINA!"

by Matheus
Matheus em breve entraremos em contato. Fique ligado.
E muito obrigado para todos que se colocaram a participar vocês são demais.

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"Hair" aporta no tablado da capital paulista

Musical se consagrou como espelho e uma das principais referências do movimento cultural e comportamental que mudou o mundo nas décadas de 60 e 70

Por: Panorama Brasil

São Paulo

Em plena Guerra do Vietnã, o mundo conhecia as dores e as delícias de uma época sui generis: o amor livre, o rock psicodélico, a filosofia oriental, a descoberta de drogas como o LSD e o estilo de vida dos hippies. Por outro lado, assistia ao primeiro conflito internacional televisionado e se indignava com os horrores da segregação racial e sexual. Neste caldeirão de acontecimentos, "Hair" marcava sua  estreia em um pequeno teatro off-Broadway, em 1967.

Com a passagem do tempo, o musical se consagrou como espelho e uma das principais referências do movimento cultural e comportamental que mudou o mundo nas décadas de 60 e 70. Assinada por Charles Möeller e Claudio Botelho, a montagem brasileira aporta em São Paulo, nesta sexta-feira, no Teatro Frei Caneca, após ser vista por mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro.

"'Ainda vivemos em guerra e os conflitos são muito parecidos e tão assustadores e sem sentido como o do Vietnã. Da mesma forma que ainda somos cheios de tabus e vivemos na intolerância. O grito de 'Hair' continua ecoando', justifica Charles Möeller, que ressalta ainda todas as rupturas promovidas pelo espetáculo original, com texto de Gerome Ragni e James Rado e música de Galt MacDermot. Entre as novidades, estavam a relação direta com a plateia, uma emblemática cena de nudez frontal, a ausência de cenário e de uma coreografia formal.

"Os autores estavam no lugar certo e na hora certa. Eles encenaram exatamente o que estavam vivendo, colocaram em letra e música aquilo que todos queriam falar. Não fizeram um musical, mas o manifesto de toda uma geração. Canções como 'Aquarius' viraram hinos até hoje", explica Claudio Botelho. Segundo ele, a música é um dos fatores determinantes para a empatia do espetáculo com a plateia. A comunicação imediata é garantida pela mistura do rock — a principal voz dos jovens na época —  com diversas sonoridades, como a música negra, que ainda não era divulgada para as massas, mantras orientais, letras psicodélicas e influências de música tribal.

Elenco primordial

No palco, os atores são os instrumentos responsáveis por esta comunhão com o público. Através de cenas curtas, os personagens – integrantes de uma 'tribo' de hippies de Nova York — apresentam suas personalidades distintas, seus dilemas e seu peculiar estilo de vida. O coletivo é sempre destacado em cena, ainda que a trama principal gire em torno de Claude (Hugo Bonemer), jovem convocado para a Guerra do Vietnã, seu amigo Berger (Fernando Rocha), uma espécie de líder da tribo, a grávida Jeanie (Kiara Sasso) e a idealista Sheila (Carol Puntel). "O personagem principal da peça é a tribo", analisa Charles.

Chegar aos 30 eleitos para compor esta 'tribo' não foi uma tarefa fácil.  Charles Möeller, Claudio Botelho, a coordenadora artística Tina Salles, a produtora de elenco Marcela Altberg, a produtora Aniela Jordan e o diretor musical Marcelo Castro se depararam com mais de cinco mil inscrições para os testes, um recorde absoluto. Depois de uma primeira seleção, eles fizeram 700 audições, em um processo que durou três semanas. "É impressionante observar como a qualidade das audições aumentou em pouco tempo. Há sete anos, quando começamos a fazer testes, apenas 15% dos inscritos eram bons. Em 'Hair', mais de 85% foram excelentes, nunca vi nada igual. Acredito que o grande diferencial desta montagem será a força do elenco", afirma Aniela Jordan, diretora executiva e sócia da Aventura Entretenimento.

Sempre atual

Até hoje, um espetáculo da Broadway leva um certo tempo para ser encenado em outros países. Como mais uma prova do fenômeno coletivo que é "Hair", o musical estreava no Brasil em outubro de 1969. Depois de uma complicada negociação de direitos com os autores americanos e com a censura brasileira, a montagem – dirigida por Ademar Guerra – repetiu o sucesso e causou enorme polêmica na época, menos de um ano após a publicação do AI-5.

As apresentações repercutiam em todo o país e impulsionaram a carreira de artistas como a estreante Sonia Braga. Ao longo da temporada, que durou até 1972, nomes consagrados se revezaram nos elencos, como Antonio Fagundes, Nuno Leal Maia, Aracy Balabanian, Armando Bogus, Ariclê Perez e Ney Latorraca.

Depois de assistir a remontagem da diretora Diane Paulus em Nova York;  Charles Möeller e Claudio Botelho concordaram que era a hora de enfrentar o desafio, dar a visão da dupla para o musical e trazer o mito do espetáculo de volta ao Brasil.  "Vendo a peça, a gente percebe como a juventude é parecida, em todas as épocas. O tempo é muito curto e transitório. Por isso mesmo, o musical continua moderno e, mais do que isso, intenso", conclui Charles.

Serviço:

Hair — Teatro Frei Caneca, a R.Frei Caneca, 569 (Shopping Frei Caneca). Ingressos: de R$ 130 a R$ 160. Informações: (11) 3472-2226

 

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Espetáculo Hair volta aos palcos em São Paulo

Vejam na reportagem do Jornal Hoje os bastidores do musical HAIR e entrevista com os diretores e atores do musical.

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Estreia de 'Hair' traz a era de Aquário para São Paulo

Ubiratan Brasil
A era de Aquário começa na sexta-feira 13 no Teatro Frei Caneca - é neste dia que um bando de cabeludos bem-intencionados vai tomar o palco e marcar o início da temporada paulistana do musical Hair, depois de sucesso no Rio. “Esperamos durante seis meses até estrear aqui o que, se não foi favorável para a produção, ao menos serviu para que o elenco voltasse vitalizado”, acredita Charles Möeller, responsável pela direção e produção geral, ao lado de Claudio Botelho. “Percebemos que agora há uma força renovada tanto no vocal como na dança.”
O período de descanso fez também com que alguns atores se aventurassem por outras produções. A começar por um dos protagonistas, Igor Rickli, que deixou o papel do hippie John Berger para integrar outro sucesso da dupla Möeller/Botelho, Judy - O Fim do Arco-Íris, ainda em cartaz no Rio. Ao todo, o elenco de 30 atores de Hair chega a São Paulo com 16 caras novas. Entre elas, a do sucessor de Rickli, o talentoso Fernando Rocha - ele já chamara atenção quando participou, em 2003, então com 22 anos, dos testes para a montagem paulistana de Chicago.
Outra novidade é a inclusão de Kiara Sasso, uma das melhores intérpretes do musical brasileiro, em um papel que foge de seu tradicional: a da hippie grávida Jeanie. “Ela passou por uma verdadeira desconstrução para assumir esse personagem”, conta Botelho.
Criado por Gerome Ragni, James Rado e Galt MacDermot, Hair é ambientado em 1968 e acompanha os passos de John Berger (Rocha), hippie que comanda uma tribo de moças e rapazes de Nova York. O grupo logo é reforçado por Claude (Hugo Bonemer), rapaz que vive um dilema: oprimido pelos pais, que o querem alistado no Exército para a Guerra do Vietnã, ele também é assediado pelos hippies, que o incentivam a se soltar das amarras sociais. Depois de estrear em 1967 no circuito alternativo dos Estados Unidos, e, em seguida, conquistar a Broadway, o espetáculo logo foi alçado à condição de clássico por tratar de guerra e sexualidade sob um olhar inovador e original. 
“É um assunto ainda muito atual, mesmo que a filosofia hippie não continue”, comenta Fernando Rocha. “E, não bastasse isso, há ainda a força mântrica das canções”, completa Marcel Octavio, que interpreta Woof, o hippie cuja sexualidade é ambivalente.
São muitas as referências da peça, especialmente paralelos com Shakespeare e cristianismo. “É uma espécie de Novo Testamento, pois a peça começa com o Anjo da Anunciação cantando Aquarius, que prega uma nova era e a vinda do novo Cristo. Em seguida, entra em cena John Berger, que tem as mesmas iniciais de João Batista e que fundamenta uma liturgia inédita - por meio do LSD, ele alcança uma nova fronteira, uma referência ao que Paul McCartney disse nos anos 1960, sobre encontrar Deus por meio da droga”, comenta Charles Möeller que, ao assistir à uma nova versão da peça em 2009, em Nova York, ao lado de Botelho, ficou encantado e decidido a trazê-la ao Brasil. A produção acabou viabilizada pela Aventura Entretenimento, empresa que vem patrocinando os recentes espetáculos dos dois.
E, na montagem da dupla, Hair sacramenta sua condição de um espetáculo vital, necessário - se mantém o frescor de uma consciência política que ganhava força naquele final dos anos 1960, pregando que é melhor ser um civil vivo que um soldado morto, também exalta o cuidado com a ecologia e a liberdade de opção sexual como atos ideais para a construção de uma sociedade civilizada e pacífica. E isso por meio de canções que se tornaram célebres justamente por sua mensagem - pela primeira vez, um musical unia rock’n’roll com a música negra (ainda pouco conhecida fora dos guetos), mantras orientais, letras psicodélicas e influências de música tribal. “Tive grande trabalho na tradução das letras”, conta Botelho. “Logo percebi que a sonoridade era mais importante que a tradução mais fiel.”
Dividido em dois atos, Hair exibe momentos distintos. No primeiro, é exaltada a arrogância da juventude, o sol brilha, enquanto no segundo, com a chegada do inverno, aqueles mesmos hippies querem voltar para a casa dos pais, como bichos assustados. “É o inverno da alma. Tudo caminha para a morte”, comenta Möeller. “E os autores foram implacáveis, pois Claude não escapa da guerra nem da morte.”
Como todo o elenco se mantém praticamente a peça inteira em cena, foi necessário um rigoroso trabalho de marcação. “Andamos em grupo, mas cada um tem de saber exatamente onde é seu lugar”, conta Hugo Bonemer. “E é preciso que tudo pareça natural, o que exige mais ensaios”, completa Carol Puntel, que vive Sheila.
Da coreografia repleta de gestos atléticos cuidadosamente criada por Alonso de Barros até a manutenção de transgressões originais (como a cena de nudez coletiva ou a que mostra as ‘viagens’ promovidas pelo consumo de drogas ), a nova montagem de Hair se impõe como uma das melhores já feitas no Brasil. Basta medir a comoção que se estende pela plateia, especialmente no final, quando todos são convidados a confraternizar no palco. “Tudo se transforma em uma imensa liturgia, com as pessoas se esquecendo de seus problemas”, completa Möeller.
 
 
 
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Kiara, 'Rainha dos Musicais'

 
O Estado de S.Paulo
 
Kiara Sasso tornou-se uma referência no teatro musical brasileiro - sua beleza, aliada a uma potência vocal límpida e potente, transformou-a na atriz ideal para papéis de heroínas. Com isso, ela foi a protagonista de A Bela e a Fera, a Christine de O Fantasma da Ópera, a Maria de A Noviça Rebelde. "Claro que adorei todas elas, mas logo senti a necessidade de mudar", conta ela, que preparou o terreno em Mamma Mia!, no qual interpretou Donna (uma mulher mais velha), até chegar a Jeanie, de Hair. "Em outros tempos, eu faria a mocinha, Sheila, mas, quando Charles (Möeller) e Claudio (Botelho) me ofereceram o desafio, aceitei."
Jeanie é a hippie grávida que não sabe quem é o pai de seu futuro filho - o detalhe, aliás, não tem grande importância para ela. "Como não é uma das protagonistas, Jeanie aparece apenas em algumas cenas, por isso, precisei esquecer tudo o que já fiz, todos os macetes das heroínas, para me concentrar nesses poucos momentos", conta Kiara. De fato, nas cenas em que aparece, Jeanie encanta pelo humor e pelo desapego material, tornando-se uma das principais marcas de Hair - no Rio, Letícia Colin tornou o papel inesquecível.
A disposição de Kiara encantou Charles e Claudio. "Ela topou se desconstruir por inteiro, fato raro entre atrizes do primeiro time", comentou Charles. Kiara, que também tem a nacionalidade americana, desejava participar da montagem brasileira. "Hair trata de temas muito delicados, que precisam ser lembrados sempre." / U.B.
 
 
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Promoção “Deixe o sol entrar no próximo sábado com Kiara Sasso”.


Visto por mais de 100 mil pessoas no Rio, Hair aporta em São Paulo como o primeiro grande musical do ano. Assinada pela dupla Charles Moeller e Claudio Botelho, a obra é um símbolo da revolução comportamental dos anos 1960, então, que tal deixar o sol entrar no próximo sábado assistindo o musical HAIR como o convidado(a) de Kiara Sasso?

É só participar da promoção “Deixe o sol entrar no próximo sábado com Kiara Sasso”. Deixe uma mensagem nesse post como comentário respondendo a seguinte pergunta:

 Porque você quer deixar o sol entrar no próximo sábado?

A pessoa que elaborar a melhor frase levará um par de ingressos para o próximo sábado, 14.01.2012, para assistir a sessão das 21:30h no teatro Frei Caneca. Lembrando que as mensagens podem ser deixadas até o dia 13 às 12h no blog e elas NÃO SERÃO PUBLICADAS até o final da promoção. O resultado sairá também no dia 13 no período da noite.

Importante: deixe um meio de contato e Boa Sorte!!
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A ERA DE AQUARIUS




Visto por mais de 100 mil pessoas no Rio, Hair aporta em São Paulo como o primeiro grande musical do ano. Assinada pela onipresente dupla Charles Moeller e Claudio Botelho, a obra é um símbolo da revolução comportamental dos anos 1960. O amor livre, a cultura hippie, os horrores da Guerra do Vietnã: todos são ingredientes da trama, que foi vista pela primeira vez em 1967, em um teatro off-Broadway, e logo ganhou o mundo. Na versão brasileira, Kiara Sasso está entre os protagonistas.

HAIR

Quando: De 13/1 a 29/4. Onde: Teatro Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569, telefone 3472-2226. Quanto: R$ 130/ R$ 160.

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Após ser visto por mais de cem mil pessoas, musical "Hair" estreia em São Paulo na próxima sexta (13)





Na próxima sexta-feira (13) chegará aos palcos de São Paulo o musical "Hair", versão brasileira criada por Charles Möeller e Claudio Botelho para a peça . O espetáculo ocupará o Teatro Frei Caneca após ter sido visto por mais de cem mil pessoas no Rio de Janeiro. "Hair" estreou pela primeira vez em 1967 em um pequeno teatro off-Broadway. A trama gira em torno de Claude (Hugo Bonemer), jovem convocado para a Guerra do Vietnã, seu amigo Berger (Fernando Rocha), uma espécie de líder da tribo, a grávida Jeanie (Kiara Sasso) e a idealista Sheila (Carol Puntel).

"Ainda vivemos em guerra e os conflitos são muito parecidos e tão assustadores e sem sentido como o do Vietnã. Da mesma forma que ainda somos cheios de tabus e vivemos na intolerância. O grito de 'Hair' continua ecoando", justifica Charles Möeller, que ressalta ainda todas as rupturas promovidas pelo espetáculo original, com texto de Gerome Ragni e James Rado e música de Galt MacDermot.

"Os autores estavam no lugar certo e na hora certa. Eles encenaram exatamente o que estavam vivendo, colocaram em letra e música aquilo que todos queriam falar. Não fizeram um musical, mas o manifesto de toda uma geração. Canções como 'Aquarius' viraram hinos até hoje", explica Claudio Botelho. Para ele, a música é um dos fatores determinantes para a empatia do espetáculo com a plateia.

A primeira versão de "Hair" estreou no Brasil em outubro de 1969. As apresentações repercutiam em todo o país e impulsionaram a carreira de artistas como a estreante Sonia Braga.

Uma "tribo" em cena

No palco, 30 atores dão vida a tribo de jovens americanos. Para chegar ao elenco foram um total de 700 audições com mais de cinco mil inscrições. "É impressionante observar como a qualidade das audições aumentou em pouco tempo. Há sete anos, quando começamos a fazer testes, apenas 15% dos inscritos eram bons. Em ‘Hair’, mais de 85% foram excelentes, nunca vi nada igual. Acredito que o grande diferencial desta montagem será a força do elenco", afirma Aniela Jordan, diretora executiva e sócia da Aventura Entretenimento.

SERVIÇO:
Estreia dia 13 de janeiro
Temporada de 13 de janeiro a 29 de abril
Teatro Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - Shopping Frei Caneca, 6º andar
Tel: (11) 3472-2226 / 2229-2230
Quintas, às 21h. Sextas, às 21h30. Sábados, às 18h e 21h30. Domingos, às 18h.
Ingressos: R$130 (qui / sex) e R$ 160 (sáb / dom)
Foto: MoellerBotelho
Texto: UOL 1 comentários

Musical estreia dia 13 de janeiro no Teatro Frei Caneca

 
Em plena Guerra do Vietnã, o mundo conhecia as dores e as delícias de uma época sui generis: o amor livre, o rock psicodélico, a filosofia oriental, a descoberta de drogas como o LSD e o estilo de vida dos hippies. Por outro lado, assistia ao primeiro conflito internacional televisionado e se indignava com os horrores da segregação racial e sexual. Neste caldeirão de acontecimentos, ‘Hair’ estreava em um pequeno teatro off-Broadway, em 1967. Não precisou de muito tempo para se tornar um fenômeno, migrar para o circuito principal e se propagar em dezenas de montagens ao redor do planeta.
 
Mais do que um espetáculo, ‘Hair’ se tornou um mito. Com a passagem do tempo, o musical se consagrou como espelho e uma das principais referências do movimento cultural e comportamental que mudou o mundo nas décadas de 60 e 70. Assinada por Charles Möeller e Claudio Botelho, esta nova montagem brasileira aporta em São Paulo a partir de 13 de janeiro, no Teatro Frei Caneca, após ser vista por mais de cem mil pessoas no Rio de Janeiro. A empreitada tem produção da Aventura Entretenimento (‘A Noviça Rebelde’, ‘O Despertar da Primavera’, ‘Gypsy’) e patrocínio da SulAmérica Seguros e Banco Volkswagen.
 
‘Ainda vivemos em guerra e os conflitos são muito parecidos e tão assustadores e sem sentido como o do Vietnã. Da mesma forma que ainda somos cheios de tabus e vivemos na intolerância. O grito de ‘Hair’ continua ecoando’, justificaCharles Möeller, que ressalta ainda todas as rupturas promovidas pelo espetáculo original, com texto de Gerome Ragni e James Rado e música de Galt MacDermot. Entre as novidades, estavam a relação direta com a plateia, uma emblemática cena de nudez frontal, a ausência de cenário e de uma coreografia formal.
 
‘Os autores estavam no lugar certo e na hora certa. Eles encenaram exatamente o que estavam vivendo, colocaram em letra e música aquilo que todos queriam falar. Não fizeram um musical, mas o manifesto de toda uma geração. Canções como ‘Aquarius’ viraram hinos até hoje’, explica Claudio Botelho. Para ele, a música é um dos fatores determinantes para a empatia do espetáculo com a plateia. A comunicação imediata é garantida pela mistura do rock – a principal voz dos jovens na época – com diversas sonoridades, como a música negra, que ainda não era divulgada para as massas, mantras orientais, letras psicodélicas e influências de música tribal.
  
 
Uma ‘tribo’ em cena
 
No palco, os atores são os instrumentos responsáveis por esta comunhão com o público. Através de cenas curtas, os personagens – integrantes de uma ‘tribo’ de hippies de Nova York – apresentam suas personalidades distintas, seus dilemas e seu peculiar estilo de vida. O coletivo é sempre destacado em cena, ainda que a trama principal gire em torno de Claude (Hugo Bonemer), jovem convocado para a Guerra do Vietnã, seu amigo Berger (Fernando Rocha), uma espécie de líder da tribo, a grávida Jeanie (Kiara Sasso) e a idealista Sheila (Carol Puntel). ‘O personagem principal da peça é a tribo’, analisa Charles.
 
Chegar aos 30 eleitos para compor esta ‘tribo’ não foi uma tarefa fácil.  Charles Möeller, Claudio Botelho, a coordenadora artística Tina Salles, a produtora de elenco Marcela Altberg, a produtora Aniela Jordan e o diretor musicalMarcelo Castro se depararam com mais de cinco mil inscrições para os testes, um recorde absoluto. Depois de uma primeira seleção, eles fizeram 700 audições, em um processo que durou três semanas. ‘É impressionante observar como a qualidade das audições aumentou em pouco tempo. Há sete anos, quando começamos a fazer testes, apenas 15% dos inscritos eram bons. Em ‘Hair’, mais de 85% foram excelentes, nunca vi nada igual. Acredito que o grande diferencial desta montagem será a força do elenco’, afirma Aniela Jordan, diretora executiva e sócia da Aventura Entretenimento.
 
 
Liberdade na recriação de um ícone
 
Nos bastidores, Charles e Claudio contam com a premiada equipe que os acompanhou nos últimos espetáculos. Vencedor dos prêmios Shell e APTR pela iluminação de ‘O Despertar da Primavera’, Paulo César Medeiros assina a luz da montagem. Marcelo Pies, vencedor do Prêmio Shell pelo trabalho no espetáculo, trabalha com uma infinidade de peças originais e acessórios de época na composição de um legítimo figurino hippie para a tribo. Rogério Falcão, por sua vez, é responsável por toda a cenografia do espetáculo, cujo visual tem inspiração direta no psicodelismo.
 
Se no espetáculo original o palco vazio e sem elementos era uma novidade, a montagem atual preferiu criar uma ambientação especial para a tribo. ‘Tudo se passa em um local abandonado, que poderia ser uma igreja, um hospital, um casarão’ explica Charles, que optou por suavizar as referências americanas do texto. Assim como em todos os outros espetáculos de Möeller & Botelho, os direitos de ‘Hair’ foram comprados com total liberdade na adaptação.
 
Esta versão autoral da dupla se completa com a colaboração do coreógrafo Alonso Barros (‘Sweet Charity’, ‘O Despertar da Primavera’), brasileiro radicado em Viena há 20 anos. Os extensos números de dança mobilizam todo o elenco e dialogam com a proposta de ‘não-coreografia’ do espetáculo original. O trabalho de dança inclui cenas de plateia em que o elenco sobe – literalmente – pelas cadeiras e espectadores, que ainda são convidados a subir no palco na canção final, a libertadora ‘Let the sunshine in’.
 
 
 O cronologia de um fenômeno
 
Também atores, Gerome Ragni e James Rado levaram três anos para chegar ao texto final de ‘Hair’. Durante esta gestação, eles absorveram as inúmeras referências e as rápidas transformações que o mundo vivia. Galt MacDermotse uniu à dupla no final de 1966 e, em apenas três meses, compôs toda a música do espetáculo, cuja sonoridade também remetia ao inconsciente coletivo jovem da época.
 
A estreia triunfante no circuito off-Broadway impulsionou a montagem para o circuito principal em pouco tempo. Em abril de 1968, ‘Hair’ estreava no Biltmore Theatre com mais um feito: a aprovação unânime de toda a tradicional crítica especializada. Mesmo alertando os leitores acerca das cenas de sexo, nudez e homossexualidade, os jornalistas se renderam por completo, caso do lendário Clive Barnes, temido e respeitado crítico do The New York Times.
 
Em sua resenha, ele ressalta a novidade, o frescor e toda a inventividade do que era mostrado. ‘É simples saber porque ‘Hair’ é tão adorado’, disse na época. Por conta da transgressão que é vista em cena, John Chapman, do Daily News, elogiava a montagem, mas frisava que não era um musical para levar uma dama, enquanto Richard Watts, do Post, afirmava que é difícil resistir à energia jovem do elenco.
 
O espetáculo seguiu em cartaz até 1973 e deu origem ao filme homônimo, dirigido por Milos Forman e lançado em 1979. Responsável por popularizar ainda mais a peça e as canções, o longa metragem optou por dar um tratamento menos psicodélico e estruturar o roteiro de forma cartesiana, privilegiando uma dramaturgia mais convencional. As mudanças envolveram os perfis dos personagens e até o enredo, que sofreu uma grande alteração em seu desfecho. Não à toa, os autores da peça rejeitaram enfaticamente o filme.
 
 
A Era de Aquarius no Brasil
 
Até hoje, um espetáculo da Broadway leva um certo tempo para ser encenado em outros países. Como mais uma prova do fenômeno coletivo que é ‘Hair’, o musical já estreava no Brasil em outubro de 1969. Depois de uma complicada negociação de direitos com os autores americanos e com a censura brasileira, a montagem – dirigida por Ademar Guerra – repetiu o sucesso e causou enorme polêmica na época, menos de um ano após a publicação do AI-5.
 
As apresentações repercutiam em todo o país e impulsionaram a carreira de artistas como a estreante Sonia Braga. Ao longo da temporada, que durou até 1972, nomes consagrados se revezaram nos elencos, como Antonio Fagundes,Nuno Leal Maia, Aracy Balabanian, Armando Bogus, Ariclê Perez e Ney Latorraca.
 
Depois de assistir à celebrada remontagem da diretora Diane Paulus em Nova York, em 2009, Charles Möeller e Claudio Botelho concordaram que era a hora de enfrentar o desafio, dar a visão da dupla para o musical e trazer o mito de ‘Hair’ de volta ao Brasil.  ‘Vendo a peça, a gente percebe como a juventude é parecida, em todas as épocas. O tempo é muito curto e transitório. Por isso mesmo, ‘Hair’ continua moderno e, mais do que isso, intenso’, resume Charles.
 
 
HAIR
 
LIBRETO E LETRAS 
Gerome Ragni
James Rado
 
MÚSICA
Galt MacDermot
 
VERSÃO BRASILEIRA
Claudio Botelho
 
DIREÇÃO
Charles Möeller
 
DIREÇÃO MUSICAL
Marcelo Castro
 
COREOGRAFIA
Alonso Barros
 
CENÁRIO
Rogério Falcão
 
FIGURINOS
Marcelo Pies
 
ILUMINAÇÃO
Paulo Cesar Medeiros
 
DESIGN DE SOM
Marcelo Claret
 
VISAGISMO
Dudu Meckelburg
 
COORDENAÇÃO ARTÍSTICA
Tina Salles
 
CASTING
Marcela Altberg
 
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Aniela Jordan e Luiz Calainho
 
 
 
ELENCO
 
Hugo Bonemer (Claude)
Fernando Rocha (Berger)
Carol Puntel (Sheila)
Kiara Sasso (Jeanie)
Marcel Octavio (Woof)
Reynaldo Machado (Hud)
Estrela Branco (Crissy)
Juliana Peppi (Dionne)
Davi Guilherme (Margaret Mead / Tribo)
Conrado Helt (Pai de Claude / Tribo)
Bruna Guerin (Mãe de Claude / Tribo)
 
 
 
Tribo:
 
Bruno Kimura
Carlos Martin
Cássia Rachel
Daniel Nunes
Emerson Spíndola
Esdras de Lucia
Giselle Lima
Jennifer do Nascimento
Juliana Lago
Juliana Zuba
Kassius Trindade
Kotoe Karasawa
Mariana Gallindo
Renan Mattos
Ricardo Nunes
Rooney Tuareg
Sergio Dalcin
Stephanie Serrat Emery
Vanessa Costa
 
 
REALIZAÇÃO
 
 
UM ESPETÁCULO DE
Charles Möeller e Claudio Botelho
 
 SERVIÇO:
 
Estreia dia 13 de janeiro
 
Temporada de 13 de janeiro a 29 de abril
 
Teatro Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - Shopping Frei Caneca, 6º andar
Tel: (11) 3472-2226 / 2229-2230
 
Quintas, às 21h. Sextas, às 21h30. Sábados, às 18h e 21h30. Domingos, às 18h.
 
Ingressos: R$130 (qui / sex) e R$ 160 (sáb / dom).
 
Vendas pela internet: www.ingressorapido.com.br
 
Duração do espetáculo: 130 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Classificação etária: 14 anos
 
 
PQN Portal da Comunicação 
 
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Treze de janeiro estréia Hair

 
O espetáculo musical Hair, dirigido pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, fez temporada no Rio de Janeiro e estreia no Teatro Frei Caneca dia 13 janeiro com a cantriz Kiara Sasso no elenco interpretando a grávida Jeannie.
A história, que acontece durante a Guerra do Vietnã, já virou filme e traz integrantes de um grupo hippie como personagens principais. 
A montagem se passa nos Estados Unidos e gira em torno de um jovem convocado para a Guerra do Vietnã e seu amigo, líder de um grupo hippie. 
Horário: Qui, às 21h. Sex., às 21h30; Sáb, às 18h e 21h30; Dom, às 18h
Curta temporada!!!!!
 
Não Percam
 
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