Artista! Atriz, cantora, dubladora, e até um pouco bailarina. ehehhehehe Enfim, só para dividir um pouquinho da minha vida...
RSS

Parte do Seu mundo

Que tal relembrar!

Com certeza todo mundo já sabe, mas se ainda não Kiara Sasso além de cantriz também é dubladora de vários sucessos Disney e uma delas é a personagem Ariel do filme "A Pequena Sereia".

Que tal conferir o vídeo com a linda voz dessa cantriz que consquistou o nosso teatro musical e as telonas com sua voz!!!

1 comentários

[3x4] - Paula Capovilla, Kiara Sasso e Andrezza Massei

O 3x4 é um divertido jogo promovido pelo site Mr. Zieg, onde a cada mês são escolhidos 3 atores e/ou atrizes de Teatro Musical para responderem as mesmas 4 perguntas:

• Qual o hit do seu iPod?;
• Qual o último filme que te emocionou?;
• Você faltaria no trabalho para assistir o que?;
• Qual musical te define?;

Com as atrizes Paula Capovilla, Kiara Sasso e Andrezza Massei, diretamente dos bastidores do espetáculo Mamma Mia. Confira!

0 comentários

Confira os bastidores do musical "Hair"

O universo hippie está de volta! Musical 'Hair' está em cartaz em São Paulo, no teatro do Shopping Frei Caneca. Saiba mais sobre as peças e confira os bastidores.


1 comentários

Hair

É um musical apaixonante, que não envelheceu e já estabelece comunicação com o público logo nos primeiros minutos, quando o ator Fernando Rocha, o Berger da história, tira as calças, invade a platéia e pede dinheiro para algum espectador. Com canções poderosas, como a que abre o espetáculo, Aquarius (A Era de Aquário), trama envolvente, personagens carismáticos, figurinos coloridos e elenco tecnicamente irrepreensível, a mais recente montagem desse texto clássico contagia também por evocar temas que, de alguma forma, continuam presentes hoje, mesmo quase cinco décadas depois de a peça ter sido escrita. Em um mundo convulsionado por conflitos políticos e crises econômicas, o conceito de que vale a pena lutar por ideais de paz e liberdade ainda encontra ressonância na atualidade e sobreviveu praticamente incólume aos efeitos do tempo e às mudanças de hábitos e costumes. 

Espécie de símbolo da contracultura, o musical estreou modestamente em 1967 num pequeno teatro americano off-Broadway, ganhou notoriedade por sua irreverência e conteúdo antibelicista e fez pipocar várias montagens pelo mundo. Escrito por dois atores desempregados, Gerome Ragni e James Rado, também letristas da belíssima trilha sonora de autoria do compositor canadense Galt MacDermot, o espetáculo reunia hippies militantes protestando contra o recrutamento militar obrigatório e a Guerra do Vietnã. Pela primeira vez a Broadway estampava o nu no palco – é célebre a controversa cena final do primeiro ato, quando atores cabeludos despidos entoavam Where do I go. No Brasil, em 1969, em plena vigência do regime militar, uma versão dirigida por Ademar Guerra e estrelada pelos então jovens Antônio Fagundes, Ney Latorraca e Sônia Braga só estreou após intensa negociação entre os produtores e a Censura Federal – os atores podiam aparecer nus, mas imóveis e uma única vez, durante no máximo um minuto.

Assinada pela dupla Charles Moeller (direção) e Cláudio Botelho (adaptação), a vibrante e luxuosa montagem em cartaz captura e expressa a carga emocional do roteiro, valorizando o drama, sem perder a alegria e o encanto, de uma história ambientada em Nova York durante a guerra do Vietnã, a descoberta do amor livre e experiências com LSD. O estilo de vida hippie é retratado não como um quadro amarelado, mas como tradução de um ideário. A competência com que Moeller e Botelho abordam o musical tem o visível amparo de uma ótima equipe técnica. Responsável pela cenografia, uma estrutura de ferro com hélices e pé direito alto, Rogério Falcão teceu um ambiente psicodélico que lembra uma fábrica ou galpão abandonado. A inspirada iluminação de Paulo César Medeiros valoriza tanto o conjunto como os detalhes. Marcelo Pies criou um figurino cheio de cores vivas, que abusa de acessórios de época, revelando pesquisa apurada. Elétrica, a coreografia de Alonso Barros é movimentada e persuasiva. Na direção musical e regência da afinada orquestra, Marcelo Castro desenha a consistente moldura sonora.

O mesmo rigor é observado na seleção dos belos intérpretes, preparados para atuar, cantar e dançar, o que fazem com vigor, energia e motivação. Tipos e personagens estão plenamente ajustados e sintonizados. Embora a força do grupo prevaleça, é preciso destacar os protagonistas. Hugo Bonemer, que faz Claude, o hippie alistado para a guerra do Vietnã, compõe com charme e habilidade esse personagem dividido entre a tribo e as pressões familiares – ele se destaca na cena em que, embalado pelo ácido, canta I Got Life (Tenho Mais Vida). Líder do grupo e principal contestador da convocação do amigo, Fernando Rocha dá vida a Berger com ímpeto e virilidade. Na pele da grávida Jeanie, Kiara Sasso foge da caricatura e imprime graça e humor ao papel – recentemente vista em Mamma Mia!, é uma das atrizes mais bem aquinhoadas do cenário musical brasileiro. De bela voz, Carol Puntel mergulha de forma sensível no corpo da idealista Sheila. Reynaldo Machado talha Hud , de perfil black power, com autoridade. Como a hipócrita Margaret Mead, que observa os hippies como se visitasse um zoológico, Davi Guilherme brilha ao executar My Conviction (Estou Convicta). Aplaudida no solo Frank Mills, Estrela Blanco incorpora a adorável Crissy e é um talento a se acompanhar. Juliana Peppi, a Dionne, arrebata ao final do espetáculo, ao soltar o vozeirão que demarca a interpretação coletiva de Let the Sunshine in (Deixe o Sol Entrar). Há quem encare a montagem como datada, desdenhando do fato de que a mensagem de liberdade e tolerância da peça não perdeu sua validade. A estética hippie até foi parar nas butiques da moda, porém ainda desafiamos e repudiamos o autoritarismo, a hipocrisia e as arbitrariedades. Com sua doutrina de paz e amor, o texto tem um apelo que transcende épocas e a passagem do tempo só reafirmou a sua importância. A liberdade não é mais um jeans rasgado, mas ainda veste bem.

(Vinicio Angelici - viniange@ig.com.br)


1 comentários