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Mamma Mia: no ritmo do Abba






ADRIANA DEL RÉ

Há 11 anos em cartaz em Londres, onde estreou, Mamma Mia! ainda se mantém no topo dos musicais mais vistos da capital inglesa. E olha que o circuito local é bem servido de espetáculos do gênero: Billy Elliot, Dirty Dancing, Flashdance, entre tantos outros.

É possível se pensar em motivos que justifiquem anos de sucesso. Talvez o mais plausível: uma história leve, passada na ensolarada Grécia e com trilha sonora inspirada na obra da banda pop sueca ABBA.

De Londres, o musical ganhou o mundo. Já passou por 270 cidades, foi traduzido para 14 idiomas (incluindo japonês, coreano, dinamarquês e russo), assistido por mais de 45 milhões de pessoas e arrecadou US$ 2 bilhões de bilheteria.

Atualmente, pode ser visto em 11 teatros mundo afora. Mas a lista vai aumentar: o espetáculo inicia temporada no Teatro Abril, em São Paulo, a partir de quarta-feira (dia 10), para convidados, e quinta (dia 11), para o público.

Os brasileiros agora poderão acompanhar, em versão para o português, as aventuras e desventuras de Donna, que teve, ainda muito jovem, sua filha Sophie. Anos se passaram. Prestes a se casar e sem saber quem é seu pai, Sophie convida para o casório três antigos namorados de sua mãe, Sam, Harry e Bill – e, automaticamente, candidatos a seu pai.

Para ser montado no Brasil, Mamma Mia! precisou passar por uma série de procedimentos, para garantir o padrão do espetáculo, a exemplo do que acontece em outras partes do mundo. Exigência dos “chefes” Benny Andersson e Björn Ulvaeus, compositores e fundadores do ABBA.

Para tanto, o diretor Robert McQueen, o diretor musical David Holcenberg e a coreógrafa Janet Rothermel estão em São Paulo, desde setembro, para orientar os atores brasileiros durante os ensaios.

Para ajudá-los na empreitada, Claudio Botelho, com know how no ramo, assina as letras vertidas para o português. “Contar a história no idioma do país onde o musical está sendo encenado ajuda muito”, explicou Holcenberg, em conversa com a imprensa, depois da passagem de algumas cenas, nesta semana. “Nesse processo, é importante que as canções sejam entendidas. Isso cria uma aproximação com a banda”.

As músicas assumem o papel de ajudar na narrativa dos personagens. E como, na opinião da equipe estrangeira, ABBA é muito popular no Brasil, fazia todo sentido encerrar o musical com números de Dancing Queen e Mamma Mia cantados na versão original, em inglês. “Não é para ser um tributo”, ressaltou Robert McQueen.

Versão para o cinema

Com investimento de US$ 12 milhões, a montagem brasileira conta com 32 atores e 10 músicos. Entre os protagonistas, Kiara Sasso conquistou o papel de Donna e Saulo Vasconcelos, o de Sam. Amigos longe das coxias, os dois atores já trabalharam juntos em outros espetáculos de sucesso no Brasil: A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera e A Noviça Rebelde. E agora voltam a dividir o palco.

O acúmulo de experiência no formato fez com que Kiara e Saulo – que interpretam e cantam lindamente – virassem nomes fortes do teatro musical brasileiro. Nem por isso, afirmam eles, foram privilegiados. E tiveram de passar por testes, como os demais atores.

Aos 31 anos, Kiara chegou a pensar em não tentar o papel, por se achar jovem demais. Isso porque, assim como a atriz, outras pessoas passaram a ter como referência a Donna vivida por Meryl Streep, na ótima versão cinematográfica do musical.

“Achei que não tinha chance. Mas como não estavam encontrando a atriz para o papel, pedi para fazer o teste e passei”, lembrou Kiara, que na época estava no elenco de O Médico e o Monstro. “Para nós, é importante encontrar a atriz certa, não a idade certa”, sentenciou a coreógrafa Janet Rothermel.

Jornal da Tarde

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